Oh!Coração banido
coração banido!
Ainda existe o pobre e desiludido?
A espera de um soluço reprimido!
Nestes dias atuais
a tristeza é o remédio de minha fraqueza
serás assim então?
Nesta vida bela e tão sofrida…
o gosto amargo quando vejo o seu retrato !
Este destino que jamais serás como velho conhecido
nessa caminhada sem tréguas!
O incerto não sei…
porém vos digo
que meu chão não tem sentido !!!!!
Quando a saudade bate ao meu ser
minha mente fecha, meus olhos entristece
meu espírito se envaidece
desta nostalgia fria e amiga…
Rompo os nós
Desconstruo esse mito
De que mulher é amor, docilidade e delicadeza
Que comporto em mim uma ética do cuidado inerente à minha condição de fêmea
E retira de mim, na mesma medida, a sujeira, o forte, o grosso, o insensível
Sou eu também tesão e ódio
Não querer ser deus,
Não sou à sua imagem e semelhança
Também não desejar ser Maria
Postar-me como sempre virgem, submissa e com os olhos voltados para baixo
Questionarei a bíblia e o seu mito do paraíso perdido
A mulher como a imagem do diabo
Elevarei meu pensamento para meu umbigo
E parirei dele uma placenta com uma flor dentro
Cagada, medrosa e sem pétala
Que feia e desidratadaMal nascia e já morria
Seu fôlego foi tão intenso
Que desaprendeu a respirar
Seu primeiro suspiro se tornou também o seu último
E ela viveu como ninguém jamais devera ter vivido.
Nesse mundo de crises, guerras, machismos, muitas outras cagadas e flores artificiais
Não desejo ser essa flor
Tampouco o cravo que a despetalou
Desejaria ser simples e intensamente
Esse sopro de vida que não sou.
Sinto novos ventos em meu rosto
Ares que nunca, antes, haviam tocado meus fios de cabelo.
Dos meus olhos busquei novas formas de enxergá-lo
E das pessoas novos prazeres sem promessas.
Na solidão infantil,
Por muito tempo busquei o não-vazio
E não sendo infantil
Olhei a mim mesma
E me descobri pela visão daquela que fui.
O vazio não me acompanhara apenas na infância
Ele estaria aqui para sempre
O desejo de não ter que tê-lo por companheiro
Fez-me sentir medo,
Fez-me abraçar vidas que acreditei eternas
Quase tão fugazes quanto o tempo que se leva
Para escrever a palavra: palavra.
Entendi.Abracei a mim mesma…
eu teria que não ter medo, simplesmente.
Perdi o medo de bicicleta.
Perdi o medo de ver meus fios caírem ao movimento da tesoura.
Perdi o medo de sorrir novamente.
Perdi o medo de escrever.
Tomei minha mão direita por companheira
E assim proporcionei, à pessoa que mais profunda sou,
Liberdade!
Na manhã de dois dias da semana, acordo, pego a bicicleta e me lanço na estranha e maravilhosa sensação de liberdade que me ausentei por medo.
Hoje, cerro meus olhos e não tenho pesadelos.
Quem diz que não podemos voar?
Olhamos para o céu e os pombos voam
E se não afundamos na maré como caranguejos
Voamos tal qual pombos sem asas
Arremessados por mãos alheias
Que metamorfoseiam as asas frágeis, feias, doentes
Quase invisíveis
Em sonhos possíveis
Ressurgindo da lama fétida
Em forma de vida-morte-vida
Em asas exuberantes
Nos seres humanos que se mantêm respirando
Todo dia respirando.
Estar preso ao corpo
Não poder ser nada além de corpo
Tudo passar pelo corpo
Incomoda
Mesmo dando prazer
Incomoda
Sentir-se corpo
Sentir o corpo
O próprio hálito
Incomoda
O odor de borracha, de silicone
Que às vezes se desprende
E que nem a poesia muito alivia
Porque até ela passa pelo corpo
Porque até o Além passa pelo corpo
No começo, uma fonte,
Perdida nos confins do horizonte,
Cravada no alto da serra,
Na arquibancada da Terra.
Uma poça pequenina
Onde as aves de rapina
Descansam da longa jornada
E esticam as asas cansadas.
Mas da mesma nasce um fio,
Prateado feto de um rio,
Que serpenteia assim, esperto,
Buscando o caminho certo.
Recebendo outros vizinhos,
Cavando o próprio caminho.
Rasgando da rocha a superfície,
Divide ao meio a planície.
Ora tranqüilo nas matas,
Ora estrondosa cascata,
Vai caminhando num crescente
Quando, então, de repente,
Termina o seu caminhar
Nas águas azuis do mar.
Amo-te! Ainda.
É no silêncio da minha amargura
que cala a minha solidão.
A saudade perpetua, sempre.
É na dor que me refugio do que sinto e sinto!
A música que canta, me encanta, me toca, me embala.
Lembranças! Tuas.
As ondas indo e vindo, se quebram, somem, se escondem.
Meu mar! Não coube na imensidão.
O amor não foi suficiente.
Perderam-se todos os lampejos.
A noite! Cálida. Fez-se obscura em mim.
Ainda vejo! De longe observo os passos que seguiam o meu martírio.
No meu pensamento moram todos os sonhos.
No meu olhar só enxergo a ti.
Ferve o que me foi reservado.
Queima imensamente n’alma.
Quantos beijos perdidos. Em vão.
Quantos beijos beijados. Guardados.
Restaurados em cada instante da lembrança.
Não houve espaço, não houve tempo, não importa. Perdi o resto que possuía.
O vazio nunca será reconstruído.
Oculto, nada se contenta.
A vida! Que vida?
Na noite estrelada, faltam as estrelas;
no dia ensolarado falta o sol.
Nada faz sentido se dentro de mim tudo se desfez. É na tua ausência que se enclausura a minha angústia.
Amo-te! Ainda.
Com toda a pureza, com toda malícia.
Somente isso. Somente amor.
Hoje te desejo como nunca.
Não sei o que me abateu.
Será a distância que persegue
o meu sossego ou será a tua ausência
que se instaurou na minha paixão?
Devora o que te carrega.
Retrai, domina, sinto!
A presença faz parte da sucessão.
O tempo! Efêmero, fugaz, ordinário.
A brisa que invade tem o teu cheiro.
Na blusa tão cravada no corpo.
O perfume atravessa e marca na cútis.
Delírio! Os instantes se tornam profundos. Revivo! A memória estagnou dentro
do que me apedreja.
A mão que ultrapassa. Cálida,
sensual, percorre lentamente
a estrada da plenitude.
Retorna! Tão úmida, insigne.
Nos cabelos ancorada, perco-me.
Os olhos se fecham! Perdura
na ânsia a quimera.
O corpo que atraca do supremo ao ínfimo.
O pêlo que escorre sôfrego e
arrepia o infinito.
Os braços que abarcam, envolvem,
seduzem, me iluminam.
O sonho e o real se confundem,
se unem, não libertam.
Não há como perder a lembrança,
não há como esquecer os momentos,
não há como desperdiçar o que
ainda estar por vir.
A falta que sinto. A ausência!
O toque que entorpece,
o corpo que encaixa, o sangue que ferve.
O vinho que derrama,
o pranto que clama, a fúria que encanta.
O desejo sublime inebria a carne tão perversa, insensata. O teu corpo polido
desmancha no meu prazer.
Arrasa, embriaga o que te alucina.
O sono que rouba adormece a voragem.
Matas o que me destrói,
destrói o que corrói,
cegas o que não consigo enxergar.
Queima o que me abrasa, assusta.
Dispersa em mim o que te preenche.
Acalma a insanidade que invade.
O que alucina, indefesso, voraz, ataca, indecomponível.
Não feche os meus olhos.
Não se deixe insensibilizar.
Preciso do teu vestígio na minha estupidez.
O sonho! Irreal. Vejo-te!
A miragem que cessa o
suplício. O doce, o amargo,
o frio, o quente, o teu fervor,
o teu calor, o meu fogo.
O eflúvio do teu suor
persegue a minha volúpia.
O ar arquejante, a boca aquosa,
a língua fatigante cessa
o inexplicável.
Adormeço!
A realidade inescrupulosa.
Prende-se no sexo incompreensível,
desconexo, o conjunto, que se junta,
fascina, se atraca, se envolve, não devolve.
A fugacidade da tua cena, o semblante,
a interpretação se faz no meu palco imperfeito.
A distância! Quanto mais longe,
maior a presença da tua solidão
que se instaura em mim. Sequiosa.
No meu cilício, percorre as farpas do amor
que morre em abundância e vive dentro
do que chama. Mutila, insulta,
cessa o inexorável. O que se
enclausurou perdura na minha atimia.
Vida de poeta é assim…
Perambula de bar em bar
A procura de coisa alguma…
…inventa noites de sonho…
Imagina silencio de contramão
Voa baixo solidão…
Despenca palavras ao vento…
Torto… De moribundos pensamentos…
Bêbado de vinho barato e ébrio de triste lamento
… Vida de poeta é assim…
Quase barco a naufragar em mar de calmaria
…De noite dissolve o breu…
De dia digere abismos.
Me pego na mesa de um bar
Bebendo vinho barato
E vendo a noite passar
Imagino-me quem dera fosse um doutor
Quem dera
De pasta gravata terno de linho sapato engraxado
Mas Deus quis-me assim
Fez de mim então um poeta
Contador de estrelas
Trovador de quimeras
Acho até que ele acertou em cheio
Deu-me um tênis surrado
Um sorriso amarelo um chinelo trançado
E uma vida… Uma vida de cão
De dia como pão com manteiga
De noite mastigo fria solidão
Coitado de Deus
Achou que eu fosse reclamar
Como?
Se sou mais feliz que um doutor!
Que nem passa na porta de um bar
Que se quer nunca se embriagou
Acha que a vida é um saco
E não sabe fazer nem um versinho de amor
Quero ser um lírio
Escondido dentro do teu vestido
Lindo delírio /desejo ardente
Quero ter teu cheiro dentro do meu armário/corpo/ copo
Quero apenas quero porque te quero meu beija flor de varanda
Anda aranha meu corpo/ devore-me
Vem ver a lua que se insinua toda nua depois me conte teu mais nobre segredo
Esnobe me dobre me faça-me teu travesseiro
Veleiro partindo… indo mar a dentro noite a fora
Descubra-me por inteiro deixe me ser teu jardineiro/pescador/flor/ quimeras
Teu mensageiro teu calor teu suor teu somente teu amor. .
Amor se assim me quiseras
Coração sem dono, abandonado,
Embriagado por motivo de desilusão.
Desabrigado com frio e molhado
Procurando as chamas da paixão.
Para ser aquecido,
O até então esquecido
Pobre coração.
Mendigando afeto
Almejando carinhos e afagos,
Para alimentar a fome e a sede de paixão.
Querendo ser adotado
Por um sentimento
Aguçado, que não seja de irmão.
Sonhando com um lar
Onde possa amar
E sair dessa situação.
Com o intuito de ser mais um membro desta entidade, e colaborar com a continuidade desta bela arte que é a Literatura, deixarei aqui as minhas contribuições e espero que sejam do agrado de todos. Um fortíssimo abraço.
Agradeço aos bons catadores
Pelas graças a prazo alcançadas
Nas ruas, praças, corredores,
Marquises, rios e calçadas.
Agradeço aos eternos caçadores
De latas, papéis e bugigangas,
Por tentarem sanar as suas dores
Aproveitando os restos sem terem zangas.
Agradeço aos nobres carroceiros
Por livrarem-nos do vidro e do papelão;
Por tirarem das ruas os sofás ainda inteiros,
Que tanto nos causam AQUELA obstrução.
Agradeço a todos pela espontânea limpeza
E registro aqui o que os olhos não vêem,
Que é o sentimento da alheia pureza
E o reconhecimento aos seres do Bem.
Quando bebê, o mundo não existe
Quando criança, mundo é um sonho vivido
Quando adolescente, vai-se desvanecendo o sonho
Quando adulto, o mundo é real e concreto
Quando idoso, o mundo não é concreto, mas
pesadelo em chumbo
Quando morto, fim duma seqüência inexplicável de tudo isso que é a vida…
Como suor que brota dos poros,
A Poesia germina da mente:
No início, apenas pingos inodoros;
Depois, a verdadeira essência da gente.
É como o próprio sangue que circula nas vêias:
Todos têm, mas ninguém o nota;
Até que uma espontânea hemorragia alheia
Venha a revelar um fluido de alta cota.
Nasce a Poesia como nasce o nosso romance:
É natural, envolvente… É matreiro!…
Nada acontece num único lance;
É, sim, um nascimento verdadeiramente sorrateiro.
Bom, pessoas,
aí está um pedacinho da minha poesia. Pedaços melhores (eu acho) em breve estarão aqui postados, se me permitirem, é claro. Quanto aos demais poemas, digo que, por uma questão de tempo, não pude curtí-los com a devida atenção nem deixar comentários. Porém, e sem desmerecer ninguém (quem sou eu, para tal?!), me identifiquei muito com os poemas do Josafá Maia.
É isso aí, gente. Caneta pra frente e AQUELE ABRAÇO!!!!!
Todo poeta é um sonhador da realidade,transpira sentimentos e emoções…
Na magia do mundo encontro labirintos de saudades e resgates da minha história.
Obrigadas pelas oportunidades de manifestar essas percepções.
As lágrimas são como palavras sem entendimento ou a solidão que soa no infinito, o desespero em sua fase lúcida e emocional conveniente sem estabilidade sem razões de existir, existem lágrimas de todos os espécimes, sofridas, tristonhas, falsa, emocionais dentre outras, serem capaz de conhecer cada lágrima com o seu sentido que transmite cada uma delas, o ser que age compulsoriamente e sem entendimento sofre as conseqüências de atos irresponsáveis e flácidos, a dor que sentimos quando perdemos um ente querido assim será no último momento de vida de cada pessoa independente de si ou não.
A capacidade que temos como ser racional não interfere na ignorância que se exalta o próximo atingindo-o completamente no seu íntimo revelando seus sentimentos como emoções raiva, choro, amizade, capacidade emocional e etc. São abalados por pilares sem significados e sem razão destruindo assim os mesmos.
Como podemos nos comportar diante de nossos sentimentos se existem razões que a própria razão desconhece, nos sentimos inquietos cm o coração apertado e sufocado.
poema o Significado das Lágrimas
Não espere que lhe trouxesse flores mais plante um jardim em si mesmo e espere que elas brotem confiar em si mesmo é sinônimo de sabedoria e conhecer os outros é ser forte, individualizar-se não é necessariamente retroceder e sim conhecer os erros para poder conquistá-lo; abrir os olhos diante das situações é revelar-se o se íntimo e está feliz consigo mesmo preparado para novas conquistas e inovações e ser dono de sua própria consciência.
Sofrer por antecipação é sinal de síndrome de SPA gerando distúrbios emocionais conseqüentes o mais difícil de amar alguém é amar a si próprio primeiramente, saber controlar suas emoções, ações e pensamentos é um passo a ser dados para não se tornar escravos deles, a maior das mentiras já aceita até hoje e que não se pode mudar o próprio destino se nem o menos conhecemos, quem não aceita opiniões ou uma crítica é sinal de que não sabe crescer em cima delas e achar o seu verdadeiro propósito, e dá sentido a vida.
A coragem de muitos é simplesmente em vão em busca daquilo que não existe ou que jamais existirá e que permanecerá em suas mentes ocupadas envolvidas num êxtase de soberba pelo dinheiro, desistir de si mesmo é tornar-se inexistente no mundo de suas próprias idéias e jogar-se na imensidão da não superação.
Não desista de seus objetivos porque falaram ou falam de você,se em cada momento de fraqueza fizermos isso ou seja recuar recuaremos sempre goste de você mesmo e se torne dono de suas emoções e se provar que é capaz de superar seus próprios limites,para amar alguém basta está disposta a conhecer a si mesmo intimamente.
Se eu não mais sorrir para você será o dia em que não precisarei do seu sorriso.Minhas palavras são como flechas que acerta não somente o alvo mais também o coração e seus sentimentos.
Trancado entre quatro paredes e a vida se consumindo em lágrimas uma razão desconhecida e uma vida destruída pelo egoísmo, a solidão e uma vida passageira a esperança arruinada e mais um sonho preste a ser despedaçado com a ironia de ser feliz,com o tempo em que se perde a cada dia ,o pensamento também se desfaz com uma ideologia de compreender os outros e a si mesmo.
Uma flor sem sua beleza é uma natureza morta e a vida sem compreensão é mais um passo a severas ruínas,as palavras insanas machucam o coração e se espedaça a alma ,um casal sem amor é a perdição de todo ser humano,não seriamos gigantes em tecnologias se ao mesmo tempo somos pequenos á espiritualidades e ganância de querer sempre mais.
A natureza sem sua biodiversidade é um paraíso morto, a mulher sem fertilidade não é mais um caso perdido no mundo, perder quem mais gostamos é um trauma e vivenciar um crime doloso é estraçalhar seu corpo e mandar sua alma rumo ao inferno ,usar a inteligência par a auto destruir é um fato a ser pensado e abusar de uma criança é tirar sua esperança de um futuro indeterminado.
Que o medo não cresça nos corações desolados
E que a fadiga percorra sobre o pensamento inquieto
E assim a ausência da solidão desaparecerá
Para sempre em nossas vidas repugnantes.
Querer que a incerteza haja na mente de
Todos. e os olhos vermelhos a chorar por consolo,
é triste ver o sofrimento daquele pobre diabo desesperado e a angústia é a única saída de uma vida injusta,afoga-se a alma na culpa e o pecado que foi cometido não tem mais volta ,por um momento de prazer .
Despedaça-se o coração em dores e a cada batimento e como se fosse um dia perdido para uma vida arruinada os lamentos não mais adiantam porque já tiveram sua chance e os sonhos de vitória já foram todos destruídos.
Do amor que sinto
Só restou a saudade
Pois daquele amor
No coração quebranto
As reminiscências se intercalam
Com a dor que sinto
Agora cá estou eu
Com a tortura companhia
Da indesejada solidão
“Ninguém se vinca porque quer basta queremos que ela ao exista.”
Quero ser um artesão de palavras:
Duras, dúcteis, viscosas, herméticas,
Diáfanas, sinceras, profundas, singelas, iluminadas.
Eu quero é ser poeta
Pois este erige contínuas miríades de estrelas
Sobre o céu de eternas noites enluaradas!
Quero poder afluir,
Quando me der na telha,
Ao feérico lago da espontânea
Língua do povo:
E, ao libar da sua água,
Expelir-lhe as impurezas,
Que são as chagas, as mazelas,
O carcereiro da igualitária opulência,
Para deixar que viva livremente
O florescer incontinenti
De castelos e mais castelos
Da alacridade e dos felizes sortilégios
Que emanam do eufemismo
Da escrava gente.
Quero degustar
O vinho tinto da galharda palavra
A fim de homenagear a imponência
Que cimenta os mínimos e máximos halos
Da natura realeza.
Quero ser condigno
Quero ser acuidade e sageza
Quero ser humildade, vivacidade, gentileza
Quero ser feiúra e esbelteza
Quero ser a inane importância
Quero viver perpetuamente
[ No jucundo reino
De ingenuidade
Das crianças
Quero ser ventania, poesia, proximidade, distância
Quero ser o instante
[No qual se encerra o segredo
Da segurança, da solidão, da tristeza,
Do medo, da coragem, da alegria,
Da repreensão, da recompensa, do desejo
Quero ser a imensidão
Quero ser pequeneza
Quero ser a imperfeição em evidência
[Pois a perfeição
É um atroz sofisma
Da humana cabeça
Quero ser a multidão
Quero ser o átrio do sol solitário da certeza
Quero ser a rocha, a rosa, o roxinol, o girassol, a orquídea, a açucena
Quero ser a ametista, poeta em perene florescência!
No penúltimo halo da antemanhã,
Pessoas saem de seu humilde viveiro
Para buscar o combustível do corpo
Em um quase longínquo desterro.
E, ao chegar a seu destino,
A feira,
Esperam pacientemente
O ocaso da efervescência
Da harmonia desarmônica
Dos sóis de quem vende e de quem compra.
Então, quando advém a hora ansiada,
Afluem sôfregas ao encontro do tapete
De frutas, legumes e verduras
Que cobre o chão
Onde, sob os afagos rudes do dia-a-dia,
Rodas, sapatos, pés desnudos ou de sandálias
Apressada e inescrupulosamente pisam.
Ah, e como a fome delas
É canina e ao mesmo tempo conformista:
Um ancião desempregado
Amaina o vácuo em sua barriga
Com uma suculenta manga dormida.
Ah, quando alguém se depara
Com a horrenda fronte da fome
—— Sentada no trono de sua opulência ferina ——
Deslinda que o nojo é luxo;
Não uma alameda a ser seguida.
Algumas, ao regressar a seu ninho,
Comutam refugo em lucro:
O que na feira era lixo;
Na carente vila de casebres
É auspicioso fruto rentável, celeste, divino.
No entanto, para a hoste de grisalhas
Barbas engravatadas e garbosas,
Este paraíso da lídima e visceral miséria
É nada mais que um moribundo resquício
De seu passado sem rosas e azaléias.
Não, mas estas pessoas:
Estas pessoas sabem
Que a miséria cintila até o ponto
Em que assoma a dor nas vistas;
Que ela é viva, concreta, fenece, fere,
Queima e alucina.
E ela o faz de inúmeras maneiras:
Maneiras que a mais poderosa verve
Nunca sequer imagina.
Sim, todavia alheias aos mais atrozes sofismas,
Elas prosseguem crentes na vida:
Sempre a segurar a ponta do rabo
Daquilo que crêem ser a esperança,
Apesar do crepúsculo, das mazelas,
Das chagas em abundância,
Da dor, da amargura e da desabonança!
Enfim, elas prosseguem,
Mesmo com o mar infinito de desamor,
De inclemência, da ausência de ternura
E do culto da sentimental distância.
Sim, estas belas pessoas continuam a hastear,
Embora não saibam,
O estandarte do vislumbre de uma vindoura era magnânima.
A flor da alacridade soturna
Descerra-se na tez da minha mente
Quando ouço a melodiosa estrada de guitarras
Emitir um suave som estridente.
Ele percorre todo o duto existente em meu corpo
Ao entranhar-se no sangue cálido,
Tornando-o magma, ígneo, escaldante lava,
A energia do sol, a reencarnação do fogo!
No entanto, como em contraponto,
A rede de pêlos, que envolve a derme,
Fica ultra-eriçada como se estivesse
Recoberta por um denso fluido de água gélida, quase neve.
As letras são lufadas de dor
Que irrompem-me a córnea, a retina, os neurônios:
Transformam-me os pensamentos
Em cristalinos espelhos,
Onde posso contemplar a aura
Do verdadeiro eu de uma considerável parte dos homens:
Uma vez lá, me deparo com um imensurável
Deserto. O deserto do amor pela sua acolhedora casa
E por seus irmãos de ventre, berço, última morada.
A voz de Ed me enternece:
Parece que dela emana
Um brado que é dele e o lacera,
Todavia, é de todos aqueles que sofrem
De um falso lume do amor pessoal, altruísta ou magnânimo.
O seu canto é depressivo:
A depressão é uma reação
Á onipresença onipotente da impotência
Que o trucida por não enxergar o punhal do girassol
Para lutar contra a vil-metálica opressão atroz e ferina.
Ah, ainda que não seja adepto da psicodelia,
Quando ouço a melodiosa estrada de guitarras,
Me entrego ás orquídeas alucinógenas
Que, na transparência da imagem,
Me revelam a cor da verdade.
Então me sinto absorver pelo rei dos vácuos,
E depois que a sua presença se dissolve,
Brota em mim a dor do eterno naufrágio
Por saber que minha consciência sabe
Que a única arma que tenho para a contenda
É ser um cavaleiro inconformado.
Ah, quando ouço a melodiosa estrada de guitarras
Emitir seu suave som estridente,
Conheço a natureza da dor
Que ecoa na alma das oprimidas gentes
Quais no torpe cosmo de Pandora
Estão aos montes,
São contínuas enchentes caudalosas;
E n’alma de mim mesmo, oceano do nada na História.
Qual a arma mais destrutiva da Terra
Que pode levar o mundo à guerra
E aniquilar a humanidade
Sem ter dó nem piedade?
Uma arma que não é feita de matéria,
Que não tem massa; é etérea
Que tem a alma preta
Dentro de minha caneta?
Dê-me um dicionário
E serei um revolucionário.
Deixe-me falar por um segundo
E eu incendeio esse mundo,
Dê-me a sabedoria,
Põe em minha boca a artilharia
E acabo com tua raça
Numa nuvem de fumaça.
Essa arma pulsante e viva
Que voa com minha saliva
É fruto de minha lavra.
Ela chama-se palavra!
As mãos tremem em sinal de dor
A cabeça vai fraquejando em sinal de amor
Dum momento para o outro não temos nada
Apenas a desilusão
Que devagarinho vai-se instalado diante do coração
De que vale esconder a verdade
Se quando ela e descoberta
Ficamos assim nesta infelicidade
As minhas mãos tremendo
Mãos de poeta escrevendo
A triste poesia
Que não me faz apagar a desilusão que comigo trazia
Desilusão é verdade
Sentimento de tamanha crueldade
Parece que não a temos mas ela existe na realidade
ontem pensei em vc talvez por ter olhado o céu e visto as estrela ñ por serem
parecidas com o brilho do seu olhar e sim por estarem tão distante de mim
bacanaseria se toda lagrima fosse d alegria bacana seria se toda saudade morresse num reencontro mais bacana seria mesmo se todas as pessoas fossem igual a vc
Esse é mais um daqueles. É aquela sensação disfarçada de estar fazendo agora a mesma coisa que já fizeram antes, mesmo assim você tem que dizer. Nenhuma coisa que tá aí é uma coisa que ainda não foi. A coisa continua a mesma.
De novo, o açúcar com café que não me mata. De novo, o suicídio que não me acorda.
Esse é mais um daqueles. Nem digo círculo, porque o melhor seria o oito deitado: o símbolo do infinito! É piada dizer que desfaço o desenho assim por dizer. Não me ensinaram na escola. Essa coisa que já foi é a mesma coisa que tá aí. Se não sou eu, quem é? É preciso acreditar que alguém vai acabar com o desenho. Isso, sim, me ensinaram na escola. De novo,
esse é como os outros. Ainda naquela de busca, quando parece que já nem tem jeito. Não tem jeito nenhum o que faço: é cousa mesma, é mesma coisa. Gostar da mesma coisa é ficar na mesma. Melhor dizer do que fingir não ter ido nunca na escola.
Ow! sweet town, sweet town, já não vejo o ar que te respiram, já não corro em razão de tua cura; teus beijos não são beijos (escrevi pra lembrar); já nem consigo me revoltar por ti em vão. Ow, ow!
Esse é como os outros. Os vivos gostam de manter os mortos vivos, mas nem todo morto acorda. Sweet town, sweet town, são construções altas com riscos de ruínas, mas elas não se vão de uma vez por todas: elas voltam, mudam de endereço. Mudar de endereço não é mudar de dono. Esse vidro quebrado que de longe dá pra ver lá fora, não vê nem lá fora direito. Ow! sweet, sweet! Teu doce reembalado pelas indústrias de mesmo nome, teus cachos de gente em frente ao espelho. News, sweet town! News não há! Existem somente as linhas do tempo,
O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele!
E desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
E desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia!
E meu cabelo arrepiado espeta
E meu pulso desencapado te choca
E meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: vida
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.
A poesia não morreu,
mas o poeta é que quase foi esquecido
Por entre tecnologias
e avanços do mundo moderno
O coração foi adormecido
Mas as revoluções do moderno
aos poetas chegaram
E nestas páginas todos irão encontrar
Poesias, estórias,
contos de amor ou de dor
Nas diversidades que somente
os poetas poderão demonstrar
A dureza desta vida,
Não é a angústia do morre não morre,
A dureza desta vida,
Não é a lágrima que escorre.
A dureza desta vida,
Não são as horas de solidão,
A dureza desta vida,
Não é ter saudade no caração.
Pior que os males do amor,
É a dura pena de ser castigado,
De passar por está vida ,
Sem nunca ter amado.
Sabe ser bem mais forte,
Quem na fúria da dor ,
Leva dentro do peito,
As lembranças de um grande Amor.
Horizontes de padecimento e migalha
Cobrem de ferrugem
A usina da esperança incendiária:
As progressivas nuvens corpulentas do abandono
— ao derramar a ácida peçonha do sepulcro do sonho
Sobre a equatorial e atlântica Nação-Melanina,
Muito embora não consiga secar, de todo, o córrego da alegria —
Entorpece-lhe o sangue da autoestima.
O dissabor, a amargura e a cobiça
São gigantescas piranhas famintas:
Daninhas Ervas Boreais plantam
Suas sementes atiçadoras da ira
No solo de fraternais famílias
Para que floresça prolífica
A eterna dinastia das dantescas florestas de carnificina!
Ah, materna África minha,
Não bastasse
Terem pilhado de ti
O reino dos marfins, esmeraldas e diamantes da fibra;
Infectam-te com o vírus do caos
E a tornam aurífera joia suicida:
A belicosa locomotiva lucrativa!
Depreendo a predominância tua em minha vida,
E digo alegrado, oh, ilógica equidistância desrespeitosa;
De nada vós serve, pois repreendo seco.
Afloro o amor da pele, veemência esclarecida,
e Assim lido formoso amor de fogo que enternece.
essa já é bem antiguinha, agora estou mais para o lado do existencialismo e surrealismo e metalinguagem.
De que adianta te olhar
Se em ti não posso tocar
Eu olho pro infinito céu estelar
Estendo a mão
Esperando te tocar
Eu vejo as cores em você
Apaixonante pros olhos meus
Estendo a mão
Para que com estas cores eu possa me misturar
Minha linda aurora refletindo no mar
Eu te buscaria no mais profundo oceano
Minha linda estrela do mar
Nadaria sem parar
Estendo a mão
Já não posso respirar
E quando a ultima lagrima eu derrubar
Tuas pétalas eu irei molhar
Um raio de sol vai te iluminar
Estendo a mão pra te tocar
Tens espinhos, vai me machucar
Com uma ultima esperança irei tentar
O teu coração eu tentarei acordar
E se com um beijo eu não te tocar
Imagino o quão distante poderá estar
Minha exaustão me impede de continuar
Ainda sonho acordada, como fazia sempre,
antes mesmo de aprender a beijar.
Não desisto de viver o impossível,
mesmo que seja só nesta desvairada imaginação.
Teimosa imaginação. Estúpida imaginação.
E lá estamos nós, nús de realidade
e vestidos da mais doida e vadia teimosia.
Na ansiedade que consome meu ser,
Tento dormir e não pensar em nada.
Fico tão inquieto na calada da noite,
Tentando imaginar como será meu amanhã.
Minha preocupação é com o amanhã.
Não gosto de pensar em não estar aqui.
Ainda preciso muito sorrir.
Quero acordar, vivo e são!
E que minha vida tenha sempre uma razão.
Que ela venha e me ensine a não ser ansioso…
Tenho que viver o hoje, glorioso!
E fazer tudo que mandar meu coração.
Se eu não sobreviver até amanhã,
Tomara que ninguém esqueça de mim.
Rogo, pois, a todos os meus amantes
Que se faltar amanhã, não se esqueçam de mim.
Se eu não sobreviver até semana que vem,
Que os meus escritos sejam todos lembrados.
E que a minha pessoa seja de um modo recordada,
Porque quero viver mesmo estando ausente.
E na minha ausência completa e definitiva,
Que os meus poemas sejam todos lidos,
E aplaudidos e contemplados…
Porque fui em vida um grande escritor.
Se eu não sobreviver à própria vida,
Que todos se recordem de mim como o Sol:
Brilhante e autêntico, infinito!
Porque quero viver mesmo estando ausente…
Se me fosse dada a liberdade de escolher de novo,
Escolheria o melhor dessa Terra.
Separaria para mim as coisas boas do cotidiano,
Separaria para mim toda riqueza da simplicidade.
Se me fosse dado o direito de querer alguma coisa,
Talvez, eu ia querer a verdadeira felicidade.
Eu ia querer estar bem comigo mesmo
E, ainda, quem sabe, uns dois ou três amigos…
Ah, se me fosse dado a dádiva de ser feliz…
Se me fosse dado a paz.
Ah, a paz que tranquiliza e acalma o homem.
Seria, sem dúvida, a pessoa mais plena da face da Terra.
Se me fosse permitido acertar, mesmo que por uma vez.
Se me fosse permitido escrever uma nova história.
Quem sabe eu seria um pouco melhor, talvez um heroi…
Se fosse possível sair desse se… Tudo seria bem diferente.
Preciso mesmo desse sorriso seu
Desse abraço gostoso e apertado
E preciso também dessas palavras que me dão coragem
Enfim, eu preciso de tudo que vem de você
Preciso mesmo desse alerta na hora exata
Desse cumprimento no meio da turma toda
Desse segredo que me faz mais íntimo de ti
Dessas observações que me agradam e me intimidam
Sabia que eu preciso muito daquelas dicas…
De sua sabedoria para decifrar aquele meu sonho
E nas provas, trabalhos, em tudo, é de você que necessito
Preciso mesmo da sua presença
Mas, embora eu não tenha você aqui comigo
Ainda assim, preciso de sua companhia
Preciso acreditar que em algum momento
Você aparecerá do meu lado, e me dará tudo que preciso
Agora há pouco pensei em ir embora.
Mas, depois de pensar melhor, decidi ficar.
Minha ausência só iria despertar rumores
De que fui embora com medo de tudo se revelar.
Vou ficar aqui e de cabeça erguida!
Não devo nada a ninguém, não mesmo.
Não tenho medo desse segredo ser revelado,
Já faz tanto tempo que nem me importo mais…
Agora há pouco pensei em tirar minha vida.
Mas, depois refleti bem e pensei se valeria mesmo a pena…
Enquanto todos beberiam e dançariam minha morte
Eu estaria submerso num mundo que nem conheço.
Não vale a pena e basta!
Vou viver com esse segredo até o fim.
Agora mesmo acabei de enterrá-lo num túmulo.
Não tenho medo de nada, mas tabém não sou um tolo.
Quando ouço aquela nossa música,
Me perco na melodia e viajo…
Fico sonhando acordado,
Pensando em você, minha musa.
Quando sinto aquele seu cheiro,
Ponho-me a chorar de satisfação.
De alegria eu pulo e agradeço aos deuses
Por ter o seu coração.
Quando ouço o ruído de tua voz,
Paro no tempo e fico inibido.
Fico sem reação
Diante da beleza de seu timbre conhecido.
Quando te vejo, meu amor,
Minhas pernas ficam bambas, e eu, trêmulo.
Confirmo mais uma vez que sem você não vivo.
Pois você já é parte de mim, minha flor!
Hoje eu quero menos responsabilidade.
Quero nada do que é ruin…
Não quero viver nehuma obscenidade
E nem ouvir absurdos.
Hoje eu quero me trancar em mim mesmo.
E não revelar o meu eu a ninguém.
Quero contar todos os meus segredos
Ou posso trancá-los num cofre também.
Hoje eu quero imergir na saudade.
Quero contar para o meu coração a minha dor.
E não ser de mentira… Quero ser de verdade!
Hoje eu quero sentir um novo sabor.
Hoje eu quero nada mais que menos:
Menos preocupação, menos tristeza…
Quero transbordar minh’alma na alegria
E viver uma vida plena, com certeza!
A minha vida se resume na esperança.
A minha vida se resume no calar.
A minha vida se resume na lembrança
De um dia ter olhado o seu olhar.
O meu coração bate guiado pelo seu.
O meu coração pertence à você.
O meu coração (aquele que um dia te conheceu),
Perguntando está agora: Por que? Por que?
Fora do meu alcance você esnoba.
Fora das minhas mãos você fica nua.
Fora de mim, uma máscara você coloca,
E eu estou perdidamente louco na tua.
Devolva-me esse ar que já não tenho mais.
Devolva-me os olhos para que eu possa ver.
Devolva-me, por favor, aquela paz…
Por favor, devolva-me você!
Amigos.
Precisamos de amigos!
Amigos…
Confidentes…
Amigos!
A coisa mais preciosa que temos,
Sem dúvida, são os amigos.
Existem varios tipos de amizades.
Existem muitos tipos de amigos.
Mas existe apenas uma verdade:
Que amigo é amigo!
Existe aquele amigo mais sério,
Que não fala tanto.
Mas existe também aquele tão histérico
Que só sua presença traz espanto!
Existe aquele amigo mais calado,
Que não expressa muito seus sentimentos.
Mas existe aquele com a boca arreganhada,
Que fala sem constrangimentos!
Existe ainda aquele que precisa ser notado,
E se não for fica uma fera!
Mas tem aquele que é tão inibido e fechado
Que por um cumprimento fica na espera.
Mas amigos são assim…
Diferentes.
Quero ter muitos para mim
E que não sejam tão exigentes!
Variedades de amigos?
Muitos tipos e apenas uma verdade?
Pois é!
Pela paixão da amizade que arde,
Amigo sempre será amigo.
E ter um é sempre uma arte!
Sinto-me feliz em declarar-me a ti.
Pois és formosa e de grande valor.
Com suas palavras, alegria me fazes sentir,
E despertas em mim um grande amor!
Se todos soubessem o quão és importante…
No nosso dia-a-dia és tão influente…
Mesmo havendo em ti dificuldades constantes,
És para mim a Mãe mais excelente!
Através de ti expresso tudo o que sinto.
E isto é sem dúvida inestimável.
Amo-te, cheio de bom senso!
Suas normas-padrão me faz um responsável.
Quero agradecer-te por essa paixão.
Saiba que por ti nunca me calarei!
Estás gravada nas tábuas do meu coração.
Língua Portuguesa, de ti, nunca me esquecerei!
Porcaria de vida que consome e suga
Todas as minha forças…
Um dia parece mais uma eternidade
Nesse mundo esdrúxulo e mesquinha.
Em pensar que eu poderia estar em paz,
Descansando debaixo da terra fria e escura,
Longe das desgraças de cada ser imundo que vive aqui,
Longe da inércia de todo ser humano sujo.
Porcaria de Sol que queima a minha pele!
Porque não te tapam com uma nuvem de marimbondos
E apagam de vez o seu brilho impetuoso e tenaz?
Porcaria de tudo e mais um pouco…
Resta-me apenas tentar ser o mais paciente possível
E esperar até que a morte me separe
Desses mortais inutilizados pelo tempo perdido,
E esperar que ela venha e me tire dessa merda que se chama Terra!
Viverei a fundo meus sonhos e desejos
Cumprirei a risca o que mandar meu coração
Sentirei falta de uma amizade antiga
Dormirei ao sereno à procura de uma resposta…
Cantarei muito sem me preocupar com a voz
Tentarei perdoar aquele que me feriu com punhal
Transbordarei amor e paz de dentro de mim
Deitarei na grama descalço e fecharei os olhos
Chamarei o vento para me acompanhar
E o Sol para me aquecer na noite de muito frio
Sofrerei com sua ausência… Ah, sofrerei!
Baterei palmas no mais alto monte da Terra
E, certamente me frustrarei…
Porque sou uma mentira, e nada disso sentirei…
Essa noite eu sonhei demais.
Começou com uma estrada velha,
Que de certo modo me levou perto de um rio
Trazendo-me à vista um menino magro.
Esse menino não tinha nada, não tinha expressão.
Estava nú, cabisbaixo…
Tomava da água do rio goles fartos de sobrevivência.
Seus olhos lacrimejavam e eram negros feito a noite.
Enquanto me aproximava do garoto infeliz,
Veio-me a lembrança da minha infância.
Então eu percebi que menino era eu…
Apenas um pouco mais magro, talvez, mas era eu!
Vivi daquele jeito por muito tempo.
Minha vida sempre foi magra de vitórias.
Mas acontece que tudo mudou,
E aquele menino, vive agora, apenas dentro do meu sonho.
Que uma definição apenas define seus definidores
Todo mundo já sabe.
E que aquele que julga, por seu julgamento será julgado
Estamos carecas de saber.
Que a mentira sempre tomou o lugar da verdade,
Que a paz esteve sempre abaixo da guerra,
E que o amor só é lembrado na hora do apelo
Sabemos há muito tempo…
Mas por que não sabemos (ou não queremos saber)
Que a essência da vida está nas pequenas coisas?
Que o mundo é grande demais para vivermos em nosso “mundinho”?
E que o amor é tão glorioso, a ponto de mudar uma vida?
É porque nos acomodamos com o pouco que nos dão,
E é sempre muito melhor e mais fácil, bater que apanhar.
É porque desprezamos a ajuda alheia por causa do orgulho
E ainda somos capazes de dizer que merecemos prêmios….
Enfim, é porque embora tenhamos um vasto horizonte
Com campos verdes e tranquilos a nossa frente,
Nosso instinto selvagem nos domina
E sempre consegue iludir e enganar nossas mentes pequenas.
Tomara que eu não fique sozinho
Pois tenho medo da solidão.
Gosto de cuidados, amo carícias, amo ser amado…
Adoro causar nas pessoas uma certa preocupação.
Tomara que eu não caia no esquecimento…
Pois tenho necessidade de receber ligações.
Preciso que me pergunte se está tudo bem,
Necessito de um olhar de aprovação.
Tenho carência de muitas coisas…
Dentre elas, de amor de pai e mãe.
Preciso de um colo confortável e muito amigo.
Eu preciso de um amor, que queime meu coração.
Espero encontrar a felicidade em breve.
Espero também, encontrar quem possa suprir minha faltas.
Pois sou um bom menino, um bom filho…
E, por isso, não mereço ficar jogado a própria sorte e nem as traças!
O que devo fazer para ter você?
Aliás, o que mais devo fazer para te ter?
Ensina-me o segredo, procure me entender.
Tudo já fiz por você, se quer mesmo saber.
Me entregar de corpo e alma?
Já me entreguei!
Ficar sem paz, perder a calma?
Já fiquei!
Perder noites de sono pensando em você?
Já perdi!
Enlouquecer, chorar, gritar… Quer saber?
Já enlouqueci!
E parece que de nada adiantou meu enterro.
Você continua a não me perceber…
Desejo que fique só, no desespero
De nunca mais alguém te querer!
As pessoas são pequenas e pequenas,
São capazes de iludir e depois matar.
O ser humano é mesquinha,
Dá apoio e conforto, para depois tudo tirar.
Os homens de hoje são frios e calculistas,
Inóspetos e sem emoção alguma.
Suas vidas são tão individuais e solitárias,
São frágeis como uma espuma.
As pessoas de agora não sentem,
Não olham para a dor alheia.
São humanos que vegetam e nem sabem disso.
São menores e mais inúteis que um grão de areia.
Acham que são donos de coisas que não tem.
Vivem de um modo nojento, horroroso.
Sabem que são uma mentira, mas não ligam,
Porque são animais, e vivem num chiqueiro espaçoso!
Viver num mundo de mentiras…
O que me faz viver nesse mundo?
Porque não fujo dele?
Viver nesse mundo mentiroso é um caos.
Tudo o que vejo é falso.
Tudo o que toco se desfaz.
Não sinto nada verdadeiro, nada…
Vivo aqui há muito tempo.
Desde quando não sei.
Tudo é uma miragem, uma sensação.
Vida não é vida, senão quando há vida..
E é por isso que não vivo!
Onde está a verdade nesse mundo?
Cadê a verdade em mim?
Não sei o caminho que leva a porta de saída…
Sinceramente, nem sei se ela existe nesse mundo de mentiras.
No escombro causado pela desventura,
Existe uma pergunta que não quer calar…
Se eu quis me aventurar nessa loucura,
É porque não sabia que iria me machurar.
Você se arrepende?
Coisa bizarra é ferir o coração de alguém!
Será que você sente
O gosto do ódio que eu sinto também?
Você acariciou minha face com amor…
Prometeu uma flor e me deu um espinho.
Precisava me causar tanta dor?
Eu só buscava um pouco de carinho.
O candelabro da paixão se apagou.
As cortinas abertas anunciam ao mundo,
Que sarcasticamente você me amou
E fez de mim um vil moribundo!
Em seus olhos vejo uma menina sonhadora.
Com carisma, você conquista tanta gente.
É facil perceber o amor que sente,
E notar que você é uma vencedora!
Ah, como é bom ser teu amigo…
Poder ouvir sua voz, estar perto de você.
Ter sua opinião, ver seu sorriso.
Sentir o seu afeto aqui comigo.
Sua beleza interior é tão visível.
Você é confiável, uma amiga de verdade.
Deu-me coragem quando quis ser covarde.
Você sabe, eu sou uma pessoa sensível.
Desejo que sua exuberância nunca tenha fim.
Que sua luz brilhe onde você estiver.
Amanda, amiga do peito, paixão sem fim…
Conte comigo, para o que der e vier!
Quantas marcas temos dentro de nós;
Quantos projetos sonhamos em realizar;
Quantas vezes temos vontade de soltar a voz,
E num só grito, tudo o que somos revelar.
Quantos cheiros adoramos sentir;
Quantas lembranças temos da infância;
Quantos momentos nos fizaram sorrir;
Quantas preces rezamos cheios de esperança.
Quantas paixões tivemos na adolescência;
Quantas surras levamos por desobedecer;
Quantas vezes nos enganaram por nossa inocência;
Quantas vezes sofremos por obedecer.
Quantos amigos já passaram por nós;
Quanta coisa boa aprendemos com a vida;
Quantos momentos desejamos ficara à sós;
Quantos prêmios já ganhamos por uma vida bem vivida…
Será que vale mesmo a pena
Viver cercado de gente bonita,
Rodeado de pessoas bem servidas,
Enquanto você está morrendo aos poucos?
Será que vale mesmo a pena
Sacrificar os valores da vida por uma noite?
Ou quem sabe trocar o certo pelo duvidoso?
Ou ainda, duvidar de sua própria capacidade de viver?
Em cima de tudo isso questiono:
Onde fica seu coração?
Falo do emocional, da moral, do próprio valor.
Se vale a pena, então, onde fica sua alma nessa história?
Vale mesmo a pena trocar o sono por uma festa?
Realmente é lucro trocar a saúde por aquilo que é sujo?
Quando responder a essas indagações estará certamente
Interrogando a si mesmo sobre quem é o seu próprio eu…
Jamais me esquecerei daquele dia.
Ninguém pode imaginar o que sentiu meu coração.
Medo, dúvida, certeza e covardia!
Agi mais uma vez guiado pela emoção.
E quando anunciei minha saída,
Mergulhei na melodia daquela doce canção,
Deixando-me levar pela dor e alegria
Que procurei nessa amarga precipitação.
Mas foram momentos gloriosos!
Pessoas fantásticas conheci durante esse tempo.
Amigos brilhantes, seres vitoriósos,
Que me ensinaram a viver com riso cada momento.
Se eu pudesse, certamente voltaria atrás.
Me sacrificaria, porque hoje eu sei que vale a pena…
Eu me precipitei e não posso mais voltar.
Tive uma mente minúscula e uma alma bem pequena.
Sabe…
A minha maior dávida é você.
É te olhar na cama pela manhã,
Te beijar com álito de sono.
Sabe do que mais…
O meu maior espetáculo é seu sorriso.
Você, apenas você em mim.
Paixão minha, minha canção.
E ainda tenho mais pra te falar…
Sua companhia preenche a lacuna do meu coração.
Poderia ficar o dia todo contemplando você.
Paixão minha, minha razão.
Te darei o Sol para aprender a brilhar com você.
E a Lua para ser amante como você.
Saiba que nada é comparável ao que sinto…
Paixão minha, meu tudo, meu amor.
Quero te envolver em meus braços
Sussurrar em seu ouvido palavras belas
Tomar seu fôlego deitado na cama
Te abraçar para que sinta o calor do meu corpo ardente
Quero entrar em seu íntimo
Te viver sem parar
Um beijo quente vou te dar
Vamos, venha comigo na chuva dançar
Vou morder seu corpo todo
Seu seio palpita e pula de excitação
Olho você que é toda minha
E me desespero porque te quero ainda mais
Paixão que me faz querer você despida
Quero sentir seu lábio sedoso
Sentir sua pele cheirosa e perfumada
Você e eu na mata que derrama sua benção sobre nós.
Ontem apaixonei-me por ti.
Ontem transformei cada carícia tua em uma letra.
Ontem, com tantas letras fiz o mais belo poema de amor.
Ontem amanheceu…
E todas as letras se perderam,
Assim como eu
E tu,
De mim.
Tuas cores antes vivas, desbotaram como o outono.
Teu cheiro antes doce, amarrotou ao sabor do pó inevitável do tempo.
Tua luz apenas vive em minha memória, pois a muito se apagou de ti.
Mas ainda trago o teu imenso sentido.
Aquele que me aconchegava protegida e menina em minha cama,
Ou que me guardava dos monstros do armário.
Levava minhas lágrimas em tua textura e pelúcia
E meus sonhos em teu amargo e lento envelhecer.
O HOMEM QUE EU AMO
O Homem que eu amo é predicado sutil.
Tem de ter cara de homem e jeito de menino.
Tem de ter fala mansa, que acalme,pra poder descansar o desejo que me provoca.
Pode acordar de olhos inchados, sim e me beijar a boca sem aviso
mesmo sem ter escovado os dentes, mesmo que eu faça muxoxo.
Levantar de pronto em dias de trabalho,mas se for domingo,
deve saber rolar e enrolar entre lençóis comigo.
Tem de ter músculos exatos, nem muito, nem pouco; o bastante pra me prender nos braços em noites de lua cheia.
Tem de ter sabedoria, histórias pra contar, daquelas que prendem os olhos.
Mas se não tiver, que aceite vivê-las comigo.
Tem de ter cheiro gostoso, próprio, além do perfume.
Algo que lembre mato, mata, vento e homem.
Tem de ter risada gostosa e saber rir de mim,
de minhas loucuras, da minha risada.
Tem de ser sério.
Falar o que pensa com jeito, mesmo que lhe custe aborrecimentos,
pois o caráter de um homem é muito de seus músculos.
E apesar de tanta força, ter mão leve, de lamber com dedos,
de apertar com carinho, de arrepiar pelos e nuca, de me arrancar gemidos exatos.
Tem de gostar de surpreender, mandar flores, não apenas rosas.
Falar loucuras em horas impróprias.
Calar minha boca com beijos impróprios.
Mudar os planos, cometer enganos, pedir desculpas,
gostar de chuva e de pipoca, ou chocolate, leite condensado,
champagne e morangos…
Tem de saber ouvir: rusgas e “eu te amo”.
Gostar de carinho e de cafuné.
Saber chegar de mansinho, sem avisar, beijando a nuca e abraçando a cintura.
Em outras horas me buscar com peito e jeito até machucar.
O homem que eu amo, tem de trazer em si, tudo
e comigo deixar esse tudo pra se preencher do “nosso” tudo.
O homem que eu amo é simples e complexo.
Um lorde de dia, um louco à noite.
Um príncipe pelas ruas, um bandido na cama.
Um herói por vezes, um comum na maioria delas.
Um amigo nas duras horas, um amante pra toda vida.
E principalmente… não mais que de repente…
se saber infinitamente…
idolatrado por essa mulher.
Rio
Desce tuas doces águas turvas ladeira abaixo
Que de tanto perder, virou ácido
Lava essa alma que se fez plúmbea
Pela omissão
Pelo medo
Deixa o branco da paz se aconchegar
Serenamente
No colo daqueles que te pariram
Em quartos de janelas panorâmicas
Ouro e latões coexistindo
Separados pela maior das muralhas
A da indiferença humana
A da exclusão social
Perversa
Palpável
fecunda
Tudo visto dessa janela
Rio….sorrio…só Rio!
Permita
O negro da pele luzir pelo suor digno
Do trabalho
O róseo das faces de tuas crianças
Que desenha sonhos em papel de embrulho
De cocas e craks
Que pirilampa em céus de balas perdidas
E vezes, achadas por corações inocentes
Abatidas!
Aviõezinhos de carne e osso
Reféns da usura
Do medo
Da covardia
Que possam suas mãozinhas inocentes
Colherem um futuro de amores-perfeitos
Permita que desse céu, o anil
Não seja esquecido
Nas sombras do metálico fuzil
Ah, Rio, tu és o coração pulsante
Desse meu Brasil!
E por fim
Permita que
O oliva dessa bandeira
De um país de desordem e progresso
Tremule a esperanças
Que está, e sempre estará
Nas tuas crianças!
SE
Se um anjo não encontrar
Não fique triste…
Se de dia?
Olhe uma rosa…
Vermelha!
Se de noite?
Olhe a lua…
A estrela mais perto!
Lá estou eu…
Enviando-lhe luz…
Carinho, amor!
Se chovendo?
Estou chorando por você!
oi gente,queria participar e saber o que acham de minhas poesias,então aqui esta:
não consigo olhar para trás
e ver que era tudo mentira
que nada era o que eu pensava
que em todo momento me enganava
não acredito que tudo era apenas sonhos
que sentimentos eram ilusão
que eu era apenas diversão
que nunca esteve em seu coração
em minha vida tudo mudou
sei que você nunca me amou
simplesmente diremos adeus
ao menos isso acabou
me arrependo de te conhecer
e nessa terra podre ter colocado meus sentimentos
estou sentindo meu sangue gelar
escorrendo por meus dedos…há felicidade
não escuto mais meu coração
enfim posso descansar
Eu aprendi que minha felicidade depende tão somente de mim
Aprendi que não devemos depositar total confiança em alguém que julgamos ser certos
Aprendi que a vida não é um mar de rosas, mais pode ter seus momentos de alegria
Aprendi que apesar de nada ser eterno, o tempo que durar é suficiente para guardar em nossos corações as mais doces lembranças
Com o tempo pude ver que posso ser feliz sem você
Que a dor que sentimos ao fim de um relacionamento, no momento parece interminável, mais com o tempo verá que é passageiro, que essa pessoa que julgávamos ser tão importante, nada significa nas nossas vidas, afinal nascemos sem ela, vivemos sem ela…
Notei que o verdadeiro amor supera o tempo e a distância
Supera a dor e vence as barreiras…
Se acabar é por que não era verdadeiro…
Pude ver que cada desilusão nos impulsiona para frente.
Mostrando-nos que aquilo não foi o fim, tão somente uma oportunidade de recomeçar e poder fazer tudo diferente.
Aprendendo com nossos erros somos capazes de seguir adiante adquirindo experiência e sabedoria
Basta acreditar que essa dor irá passar, ser duro consigo mesmo, então você poderá ver que era passageiro, e que serviu de lição cada segundo vivido, pois nossas vidas também são compostas por passado, afinal é através dele que adquirimos experiência, e vamos aprendendo o caminho que devemos seguir e onde podemos pisar.
Autor(A): Ana Carla Oliveira
LINGUAGEM DO CORACÃO
Fica comigo meu amor
Agora já não há mais dor
Já acabou o meu medo
Sei que ainda é cedo
Mas para que esperar
Nosso amor de novo germinar
Ele já existe há tanto tempo
E é muito forte
Você é o meu norte
Meu sul, meu leste, oeste
Meu porto seguro
Não vamos mais esperar
Vamos com essa distância acabar
E deixar a linguagem do coração falar
dizem que olhos não falm
mas os teus sabem falar
todas as bocas se calam
quando fala o teu olhar
SONHAR FAZ PARTE DA NATUREZA DO SER HUMANO QUEM NAO SONHAR E AQUELE QUE POSSUI UM ESPIRITO ADORMECIDO
Poesia bonita, emocionante e com estilo .
Ser poeta é…
Imaginar o mundo de várias maneiras…
Amar incondicionalmente…
Sonhar…
Sofrer…
Ser feliz…
Ao Amor da Minha Vida
Senhor:
Ele desperta em mim todo um plano de vida, não apenas o desejo de me tornar mulher…
Deu-me coragem, segurança, quase certeza.
Não sou mais uma menina. Rezo para ele que surgiu como um príncipe encantado das histórias bonitas.
Eu estaria tentada a dizer que ele foi feito para mim e eu para ele.
Mas é muito cedo Senhor: o tempo dirá. Devo respeitar sua liberdade de decisão.
Desde que o conheci comecei a sonhar. Rezo para o que é sonho em mim seja realidade para ele.
Que nossos encontros sejam sempre ricos assim como estão prometendo.
Que em sua delicadeza de trato possa educar-me.
Que possamos juntos descobrir os valores da vida. Que eles sejam claros e definidos, inspirados no amor e não apenas no egoísmo.
Que eu e ele tenhamos diálogo, amizade e confiança mútua.
Eu sei que nunca, nunca Senhor, te pediria que ele fizesse feliz uma outra, mas que ele seja feliz desde já eu te peço com muita força e insistência
Não há nenhum compromisso entre nós além da amizade, amor, compreensão, admiração e respeito.
Ajude-me a esperar e saber esperar. Por isso Senhor me ajude a ser equilibrada o que parece impossível quando está se amando.
Sei que não posso me iludir, mas Senhor que ele não chegue a demonstrar aqueles defeitos comuns que apresentam os homens.
Nós nos vemos pouco, mas esse pouco foi suficiente para que eu o descobrisse.
Que ele seja o que eu penso dele. Nós dois somos amigos, no fim ele é um homem e sou uma mulher.
Me ajude Senhor a fazer com que ele tome consciência de que nós dois juntos poderíamos ser iniciadores de um novo mundo…
UM DIA LINDO
Hoje o sol não brilhou
Pois uma grande nuvem
O apagou
Mas como tenho sorte
Sopra um vento lá do norte
Que vais dissipar
Qualquer nuvem que chegar
Então assim o sol
Voltará a brilhar
E novamente poderá
Nos iluminar
MEU MAIOR TESOURO
Éramos duas molecas
Meninas sapecas
Que gostávamos de brincar
Desde o sol raiar
Até o anoitecer
E o dia passava
Sem a gente ver
Eram tantas travessuras
Tantas gostosuras
Nas tardes passadas ao sol
Jogando frescobol
Brincando de pique-esconde
A mãe chamava
Ninguém ligava
Ficávamos quietas
Apesar de sermos irrequietas
Não parávamos um só segundo
Nem pensávamos em outro mundo
É amiga, a gente cresceu
E da nossa amizade nasceu
Um carinho enorme
Nossas brincadeiras continuam
Um pouco diferentes
Quando estamos carentes
Corremos para nos consolar
Quando estamos contentes
Corremos para comemorar
O tempo passou
E de tudo aquilo restou
O maior tesouro
Que eu posso ter
Uma amiga como você…
Desiludido
Oh!Coração banido
coração banido!
Ainda existe o pobre e desiludido?
A espera de um soluço reprimido!
Nestes dias atuais
a tristeza é o remédio de minha fraqueza
serás assim então?
Nesta vida bela e tão sofrida…
o gosto amargo quando vejo o seu retrato !
Este destino que jamais serás como velho conhecido
nessa caminhada sem tréguas!
O incerto não sei…
porém vos digo
que meu chão não tem sentido !!!!!
Quando a saudade bate ao meu ser
minha mente fecha, meus olhos entristece
meu espírito se envaidece
desta nostalgia fria e amiga…
João Paulo Pio li 11/03/08
Rompo os nós
Desconstruo esse mito
De que mulher é amor, docilidade e delicadeza
Que comporto em mim uma ética do cuidado inerente à minha condição de fêmea
E retira de mim, na mesma medida, a sujeira, o forte, o grosso, o insensível
Sou eu também tesão e ódio
Não querer ser deus,
Não sou à sua imagem e semelhança
Também não desejar ser Maria
Postar-me como sempre virgem, submissa e com os olhos voltados para baixo
Questionarei a bíblia e o seu mito do paraíso perdido
A mulher como a imagem do diabo
Elevarei meu pensamento para meu umbigo
E parirei dele uma placenta com uma flor dentro
Cagada, medrosa e sem pétala
Que feia e desidratadaMal nascia e já morria
Seu fôlego foi tão intenso
Que desaprendeu a respirar
Seu primeiro suspiro se tornou também o seu último
E ela viveu como ninguém jamais devera ter vivido.
Nesse mundo de crises, guerras, machismos, muitas outras cagadas e flores artificiais
Não desejo ser essa flor
Tampouco o cravo que a despetalou
Desejaria ser simples e intensamente
Esse sopro de vida que não sou.
Bicicleta
Sinto novos ventos em meu rosto
Ares que nunca, antes, haviam tocado meus fios de cabelo.
Dos meus olhos busquei novas formas de enxergá-lo
E das pessoas novos prazeres sem promessas.
Na solidão infantil,
Por muito tempo busquei o não-vazio
E não sendo infantil
Olhei a mim mesma
E me descobri pela visão daquela que fui.
O vazio não me acompanhara apenas na infância
Ele estaria aqui para sempre
O desejo de não ter que tê-lo por companheiro
Fez-me sentir medo,
Fez-me abraçar vidas que acreditei eternas
Quase tão fugazes quanto o tempo que se leva
Para escrever a palavra: palavra.
Entendi.Abracei a mim mesma…
eu teria que não ter medo, simplesmente.
Perdi o medo de bicicleta.
Perdi o medo de ver meus fios caírem ao movimento da tesoura.
Perdi o medo de sorrir novamente.
Perdi o medo de escrever.
Tomei minha mão direita por companheira
E assim proporcionei, à pessoa que mais profunda sou,
Liberdade!
Na manhã de dois dias da semana, acordo, pego a bicicleta e me lanço na estranha e maravilhosa sensação de liberdade que me ausentei por medo.
Hoje, cerro meus olhos e não tenho pesadelos.
“Pombos sem asas”
Quem diz que não podemos voar?
Olhamos para o céu e os pombos voam
E se não afundamos na maré como caranguejos
Voamos tal qual pombos sem asas
Arremessados por mãos alheias
Que metamorfoseiam as asas frágeis, feias, doentes
Quase invisíveis
Em sonhos possíveis
Ressurgindo da lama fétida
Em forma de vida-morte-vida
Em asas exuberantes
Nos seres humanos que se mantêm respirando
Todo dia respirando.
CORPO
Estar preso ao corpo
Não poder ser nada além de corpo
Tudo passar pelo corpo
Incomoda
Mesmo dando prazer
Incomoda
Sentir-se corpo
Sentir o corpo
O próprio hálito
Incomoda
O odor de borracha, de silicone
Que às vezes se desprende
E que nem a poesia muito alivia
Porque até ela passa pelo corpo
Porque até o Além passa pelo corpo
Dê graças
Pelo corpo do pivete,
Pela morte a canivete,
E os mendigos na praça,
Por tudo isto, dê graças.
Pelo bêbado na esquina,
Pelo vício da cocaína,
E a Justiça, desgraça,
Por tudo isto, dê graças.
Pela criança perdida,
Pela puta arrependida,
E a piada sem graça,
Por tudo isto, dê graças.
Pela doença venérea,
Pelo pico na artéria,
E a juventude que passa,
Por tudo isto, dê graças.
Pelas mazelas que tive,
Pela miséria em que vives,
E o cheiro da fumaça,
Por tudo isto, dê graças.
Pela roda de maconha,
Pelo povo sem vergonha,
E a comida escassa,
Por tudo isto, dê graças.
Pela remissão tardia,
Pelas tardes sem poesia,
E a vida nessa farsa,
Enfim, por tudo dê graças.
crítica social sarcástica, incisiva e visceral.
Nasce um rio
No começo, uma fonte,
Perdida nos confins do horizonte,
Cravada no alto da serra,
Na arquibancada da Terra.
Uma poça pequenina
Onde as aves de rapina
Descansam da longa jornada
E esticam as asas cansadas.
Mas da mesma nasce um fio,
Prateado feto de um rio,
Que serpenteia assim, esperto,
Buscando o caminho certo.
Recebendo outros vizinhos,
Cavando o próprio caminho.
Rasgando da rocha a superfície,
Divide ao meio a planície.
Ora tranqüilo nas matas,
Ora estrondosa cascata,
Vai caminhando num crescente
Quando, então, de repente,
Termina o seu caminhar
Nas águas azuis do mar.
AINDA AMO
Amo-te! Ainda.
É no silêncio da minha amargura
que cala a minha solidão.
A saudade perpetua, sempre.
É na dor que me refugio do que sinto e sinto!
A música que canta, me encanta, me toca, me embala.
Lembranças! Tuas.
As ondas indo e vindo, se quebram, somem, se escondem.
Meu mar! Não coube na imensidão.
O amor não foi suficiente.
Perderam-se todos os lampejos.
A noite! Cálida. Fez-se obscura em mim.
Ainda vejo! De longe observo os passos que seguiam o meu martírio.
No meu pensamento moram todos os sonhos.
No meu olhar só enxergo a ti.
Ferve o que me foi reservado.
Queima imensamente n’alma.
Quantos beijos perdidos. Em vão.
Quantos beijos beijados. Guardados.
Restaurados em cada instante da lembrança.
Não houve espaço, não houve tempo, não importa. Perdi o resto que possuía.
O vazio nunca será reconstruído.
Oculto, nada se contenta.
A vida! Que vida?
Na noite estrelada, faltam as estrelas;
no dia ensolarado falta o sol.
Nada faz sentido se dentro de mim tudo se desfez. É na tua ausência que se enclausura a minha angústia.
Amo-te! Ainda.
Com toda a pureza, com toda malícia.
Somente isso. Somente amor.
INTERMINÁVEL
Os dias que ainda não calaram,
as palavras que não foram proferidas,
os beijos que não foram beijados.
E tudo renasce outra vez.
A noite cai como todas as outras.
Iguais, imperfeitas,
mas com a tua presença em todas elas.
Imagino, sonho, recomeço!
Numa dessas noites onde
perambulava a minha solidão
encontrei abrigo na tua imensidão.
Penso! O ato mais insensato
que se aprisiona em mim.
SAUDADE
Hoje te desejo como nunca.
Não sei o que me abateu.
Será a distância que persegue
o meu sossego ou será a tua ausência
que se instaurou na minha paixão?
Devora o que te carrega.
Retrai, domina, sinto!
A presença faz parte da sucessão.
O tempo! Efêmero, fugaz, ordinário.
A brisa que invade tem o teu cheiro.
Na blusa tão cravada no corpo.
O perfume atravessa e marca na cútis.
Delírio! Os instantes se tornam profundos. Revivo! A memória estagnou dentro
do que me apedreja.
A mão que ultrapassa. Cálida,
sensual, percorre lentamente
a estrada da plenitude.
Retorna! Tão úmida, insigne.
Nos cabelos ancorada, perco-me.
Os olhos se fecham! Perdura
na ânsia a quimera.
O corpo que atraca do supremo ao ínfimo.
O pêlo que escorre sôfrego e
arrepia o infinito.
Os braços que abarcam, envolvem,
seduzem, me iluminam.
O sonho e o real se confundem,
se unem, não libertam.
Não há como perder a lembrança,
não há como esquecer os momentos,
não há como desperdiçar o que
ainda estar por vir.
INTERMINÁVEL
Os dias que ainda não calaram,
as palavras que não foram proferidas,
os beijos que não foram beijados.
E tudo renasce outra vez.
A noite cai como todas as outras.
Iguais, imperfeitas, mas
com a tua presença em todas elas.
Imagino, sonho, recomeço!
Numa dessas noites
onde perambulava a minha solidão
encontrei abrigo na tua imensidão.
Penso! O ato mais insensato
que se aprisiona em mim.
ENIGMA
A falta que sinto. A ausência!
O toque que entorpece,
o corpo que encaixa, o sangue que ferve.
O vinho que derrama,
o pranto que clama, a fúria que encanta.
O desejo sublime inebria a carne tão perversa, insensata. O teu corpo polido
desmancha no meu prazer.
Arrasa, embriaga o que te alucina.
O sono que rouba adormece a voragem.
Matas o que me destrói,
destrói o que corrói,
cegas o que não consigo enxergar.
Queima o que me abrasa, assusta.
Dispersa em mim o que te preenche.
Acalma a insanidade que invade.
O que alucina, indefesso, voraz, ataca, indecomponível.
Não feche os meus olhos.
Não se deixe insensibilizar.
Preciso do teu vestígio na minha estupidez.
O sonho! Irreal. Vejo-te!
A miragem que cessa o
suplício. O doce, o amargo,
o frio, o quente, o teu fervor,
o teu calor, o meu fogo.
O eflúvio do teu suor
persegue a minha volúpia.
O ar arquejante, a boca aquosa,
a língua fatigante cessa
o inexplicável.
Adormeço!
A realidade inescrupulosa.
Prende-se no sexo incompreensível,
desconexo, o conjunto, que se junta,
fascina, se atraca, se envolve, não devolve.
A fugacidade da tua cena, o semblante,
a interpretação se faz no meu palco imperfeito.
A distância! Quanto mais longe,
maior a presença da tua solidão
que se instaura em mim. Sequiosa.
No meu cilício, percorre as farpas do amor
que morre em abundância e vive dentro
do que chama. Mutila, insulta,
cessa o inexorável. O que se
enclausurou perdura na minha atimia.
Vida de poeta é assim…
Perambula de bar em bar
A procura de coisa alguma…
…inventa noites de sonho…
Imagina silencio de contramão
Voa baixo solidão…
Despenca palavras ao vento…
Torto… De moribundos pensamentos…
Bêbado de vinho barato e ébrio de triste lamento
… Vida de poeta é assim…
Quase barco a naufragar em mar de calmaria
…De noite dissolve o breu…
De dia digere abismos.
Welington de Sousa
Me pego na mesa de um bar
Bebendo vinho barato
E vendo a noite passar
Imagino-me quem dera fosse um doutor
Quem dera
De pasta gravata terno de linho sapato engraxado
Mas Deus quis-me assim
Fez de mim então um poeta
Contador de estrelas
Trovador de quimeras
Acho até que ele acertou em cheio
Deu-me um tênis surrado
Um sorriso amarelo um chinelo trançado
E uma vida… Uma vida de cão
De dia como pão com manteiga
De noite mastigo fria solidão
Coitado de Deus
Achou que eu fosse reclamar
Como?
Se sou mais feliz que um doutor!
Que nem passa na porta de um bar
Que se quer nunca se embriagou
Acha que a vida é um saco
E não sabe fazer nem um versinho de amor
Welington de Sousa
Quero ser um lírio
Escondido dentro do teu vestido
Lindo delírio /desejo ardente
Quero ter teu cheiro dentro do meu armário/corpo/ copo
Quero apenas quero porque te quero meu beija flor de varanda
Anda aranha meu corpo/ devore-me
Vem ver a lua que se insinua toda nua depois me conte teu mais nobre segredo
Esnobe me dobre me faça-me teu travesseiro
Veleiro partindo… indo mar a dentro noite a fora
Descubra-me por inteiro deixe me ser teu jardineiro/pescador/flor/ quimeras
Teu mensageiro teu calor teu suor teu somente teu amor. .
Amor se assim me quiseras
Welington de Sousa
http://www.poemasparalernoonibus.blogspot.com
DESABRIGADO
Coração sem dono, abandonado,
Embriagado por motivo de desilusão.
Desabrigado com frio e molhado
Procurando as chamas da paixão.
Para ser aquecido,
O até então esquecido
Pobre coração.
Mendigando afeto
Almejando carinhos e afagos,
Para alimentar a fome e a sede de paixão.
Querendo ser adotado
Por um sentimento
Aguçado, que não seja de irmão.
Sonhando com um lar
Onde possa amar
E sair dessa situação.
Flávio Cardoso Reis
Sentimento arrancado
Cargas de desejos
Transportadas
Na clandestinidade
Nos mares da cobiça
Abstraído através de
Malícias e súplicas
Em meio a volúpias
De tamanha intensidade
Usurpado o sentimento
Não doado
Acaba sendo tirado
O que deveria ser
Ofertado
Flávio Cardoso Reis
Minh’alma reclama.
Minh’alma reclama
Da vida profana
Que tenho vivido.
O que mais me aclama
E o sentimento envolvido,
Dissolvido em mares de prazeres
E de por queres.
Se minh’alma transcende
A vida terrena,
Porque não deixa aproveitar
As noites serenas…
Cheia de amores
E calores, precedentes de odores
Que alimenta os pudores
Desse ser vivente.
Minh’alma reclama
Por ainda não ter encontrado
O bem maior a ser procurado,
O que a deixa extasiado
Que só é deparado
Através de uma alma gêmea.
Flávio Cardoso Reis
deixo três poemas para avaliação!
Desabrigado, uma luta de um coração a procura de um lar…
Sentimento Arrancado, uma critica ao abuso aos sentimentos…
Minh’alma Reclama, um chamamento da alma em busca da alma gêmea…
abraços…
espero comentários.
Com o intuito de ser mais um membro desta entidade, e colaborar com a continuidade desta bela arte que é a Literatura, deixarei aqui as minhas contribuições e espero que sejam do agrado de todos. Um fortíssimo abraço.
Sou poeta sem vida
Sou vida sem poesia
Sou poema sem poeta
E sou a morte em poesia…
Porque a pureza dos meus versos
Estão às margens do sofrimento
E meu sorriso é controverso
A todo o meu depoimento…
Aos invisíveis
Agradeço aos bons catadores
Pelas graças a prazo alcançadas
Nas ruas, praças, corredores,
Marquises, rios e calçadas.
Agradeço aos eternos caçadores
De latas, papéis e bugigangas,
Por tentarem sanar as suas dores
Aproveitando os restos sem terem zangas.
Agradeço aos nobres carroceiros
Por livrarem-nos do vidro e do papelão;
Por tirarem das ruas os sofás ainda inteiros,
Que tanto nos causam AQUELA obstrução.
Agradeço a todos pela espontânea limpeza
E registro aqui o que os olhos não vêem,
Que é o sentimento da alheia pureza
E o reconhecimento aos seres do Bem.
A vocês, catadores,
Meus sinceros PARABÉNS!!!!!
A vida e a vida
Quando bebê, o mundo não existe
Quando criança, mundo é um sonho vivido
Quando adolescente, vai-se desvanecendo o sonho
Quando adulto, o mundo é real e concreto
Quando idoso, o mundo não é concreto, mas
pesadelo em chumbo
Quando morto, fim duma seqüência inexplicável de tudo isso que é a vida…
O Nascer da Poesia
Como suor que brota dos poros,
A Poesia germina da mente:
No início, apenas pingos inodoros;
Depois, a verdadeira essência da gente.
É como o próprio sangue que circula nas vêias:
Todos têm, mas ninguém o nota;
Até que uma espontânea hemorragia alheia
Venha a revelar um fluido de alta cota.
Nasce a Poesia como nasce o nosso romance:
É natural, envolvente… É matreiro!…
Nada acontece num único lance;
É, sim, um nascimento verdadeiramente sorrateiro.
Bom, pessoas,
aí está um pedacinho da minha poesia. Pedaços melhores (eu acho) em breve estarão aqui postados, se me permitirem, é claro. Quanto aos demais poemas, digo que, por uma questão de tempo, não pude curtí-los com a devida atenção nem deixar comentários. Porém, e sem desmerecer ninguém (quem sou eu, para tal?!), me identifiquei muito com os poemas do Josafá Maia.
É isso aí, gente. Caneta pra frente e AQUELE ABRAÇO!!!!!
Essência da conquista
Na magia da realidade
Sonha a vida…
Suspira nas oportunidades
Identificando as ausências
No vaivém da emoção
Retornam os encantos
Ignorando a razão
Repousam as experiências
Eloisa Menezes Pereira
Professora Estadual
Porto Alegre -RS
Fone:051 3241 9337
Sentimentos atados
Incorporando desafios
Pontuam os direitos
Descartados pelo poder
Referendam seus deveres
Permitindo o retorno
Retiram da cidadania
O contraponto social
Deleitando-se na participação!
Todo poeta é um sonhador da realidade,transpira sentimentos e emoções…
Na magia do mundo encontro labirintos de saudades e resgates da minha história.
Obrigadas pelas oportunidades de manifestar essas percepções.
Caminhos anestesiados
Livre das algemas
É ter segurança
É por ir e vir do medo
Socializar é cidadania
Sentindo a presença do dever
Gerando resultados
Esquecendo da desigualdade
Desafiando as expectativas
Conferem os direitos
Acelerando a História
Determinam à vitória!
As lágrimas são como palavras sem entendimento ou a solidão que soa no infinito, o desespero em sua fase lúcida e emocional conveniente sem estabilidade sem razões de existir, existem lágrimas de todos os espécimes, sofridas, tristonhas, falsa, emocionais dentre outras, serem capaz de conhecer cada lágrima com o seu sentido que transmite cada uma delas, o ser que age compulsoriamente e sem entendimento sofre as conseqüências de atos irresponsáveis e flácidos, a dor que sentimos quando perdemos um ente querido assim será no último momento de vida de cada pessoa independente de si ou não.
A capacidade que temos como ser racional não interfere na ignorância que se exalta o próximo atingindo-o completamente no seu íntimo revelando seus sentimentos como emoções raiva, choro, amizade, capacidade emocional e etc. São abalados por pilares sem significados e sem razão destruindo assim os mesmos.
Como podemos nos comportar diante de nossos sentimentos se existem razões que a própria razão desconhece, nos sentimos inquietos cm o coração apertado e sufocado.
poema o Significado das Lágrimas
Não espere que lhe trouxesse flores mais plante um jardim em si mesmo e espere que elas brotem confiar em si mesmo é sinônimo de sabedoria e conhecer os outros é ser forte, individualizar-se não é necessariamente retroceder e sim conhecer os erros para poder conquistá-lo; abrir os olhos diante das situações é revelar-se o se íntimo e está feliz consigo mesmo preparado para novas conquistas e inovações e ser dono de sua própria consciência.
Sofrer por antecipação é sinal de síndrome de SPA gerando distúrbios emocionais conseqüentes o mais difícil de amar alguém é amar a si próprio primeiramente, saber controlar suas emoções, ações e pensamentos é um passo a ser dados para não se tornar escravos deles, a maior das mentiras já aceita até hoje e que não se pode mudar o próprio destino se nem o menos conhecemos, quem não aceita opiniões ou uma crítica é sinal de que não sabe crescer em cima delas e achar o seu verdadeiro propósito, e dá sentido a vida.
A coragem de muitos é simplesmente em vão em busca daquilo que não existe ou que jamais existirá e que permanecerá em suas mentes ocupadas envolvidas num êxtase de soberba pelo dinheiro, desistir de si mesmo é tornar-se inexistente no mundo de suas próprias idéias e jogar-se na imensidão da não superação.
Não desista de seus objetivos porque falaram ou falam de você,se em cada momento de fraqueza fizermos isso ou seja recuar recuaremos sempre goste de você mesmo e se torne dono de suas emoções e se provar que é capaz de superar seus próprios limites,para amar alguém basta está disposta a conhecer a si mesmo intimamente.
Se eu não mais sorrir para você será o dia em que não precisarei do seu sorriso.Minhas palavras são como flechas que acerta não somente o alvo mais também o coração e seus sentimentos.
poema Antecipações
Trancado entre quatro paredes e a vida se consumindo em lágrimas uma razão desconhecida e uma vida destruída pelo egoísmo, a solidão e uma vida passageira a esperança arruinada e mais um sonho preste a ser despedaçado com a ironia de ser feliz,com o tempo em que se perde a cada dia ,o pensamento também se desfaz com uma ideologia de compreender os outros e a si mesmo.
Uma flor sem sua beleza é uma natureza morta e a vida sem compreensão é mais um passo a severas ruínas,as palavras insanas machucam o coração e se espedaça a alma ,um casal sem amor é a perdição de todo ser humano,não seriamos gigantes em tecnologias se ao mesmo tempo somos pequenos á espiritualidades e ganância de querer sempre mais.
A natureza sem sua biodiversidade é um paraíso morto, a mulher sem fertilidade não é mais um caso perdido no mundo, perder quem mais gostamos é um trauma e vivenciar um crime doloso é estraçalhar seu corpo e mandar sua alma rumo ao inferno ,usar a inteligência par a auto destruir é um fato a ser pensado e abusar de uma criança é tirar sua esperança de um futuro indeterminado.
poema Razões á Tristeza
Que o medo não cresça nos corações desolados
E que a fadiga percorra sobre o pensamento inquieto
E assim a ausência da solidão desaparecerá
Para sempre em nossas vidas repugnantes.
Querer que a incerteza haja na mente de
Todos. e os olhos vermelhos a chorar por consolo,
é triste ver o sofrimento daquele pobre diabo desesperado e a angústia é a única saída de uma vida injusta,afoga-se a alma na culpa e o pecado que foi cometido não tem mais volta ,por um momento de prazer .
Despedaça-se o coração em dores e a cada batimento e como se fosse um dia perdido para uma vida arruinada os lamentos não mais adiantam porque já tiveram sua chance e os sonhos de vitória já foram todos destruídos.
poema Sofrimentos
Do amor que sinto
Só restou a saudade
Pois daquele amor
No coração quebranto
As reminiscências se intercalam
Com a dor que sinto
Agora cá estou eu
Com a tortura companhia
Da indesejada solidão
“Ninguém se vinca porque quer basta queremos que ela ao exista.”
poema Reminicências de Outora
A SOFREGUIDÃO DO NÃO-POETA
Quero ser um artesão de palavras:
Duras, dúcteis, viscosas, herméticas,
Diáfanas, sinceras, profundas, singelas, iluminadas.
Eu quero é ser poeta
Pois este erige contínuas miríades de estrelas
Sobre o céu de eternas noites enluaradas!
Quero poder afluir,
Quando me der na telha,
Ao feérico lago da espontânea
Língua do povo:
E, ao libar da sua água,
Expelir-lhe as impurezas,
Que são as chagas, as mazelas,
O carcereiro da igualitária opulência,
Para deixar que viva livremente
O florescer incontinenti
De castelos e mais castelos
Da alacridade e dos felizes sortilégios
Que emanam do eufemismo
Da escrava gente.
Quero degustar
O vinho tinto da galharda palavra
A fim de homenagear a imponência
Que cimenta os mínimos e máximos halos
Da natura realeza.
Quero ser condigno
Quero ser acuidade e sageza
Quero ser humildade, vivacidade, gentileza
Quero ser feiúra e esbelteza
Quero ser a inane importância
Quero viver perpetuamente
[ No jucundo reino
De ingenuidade
Das crianças
Quero ser ventania, poesia, proximidade, distância
Quero ser o instante
[No qual se encerra o segredo
Da segurança, da solidão, da tristeza,
Do medo, da coragem, da alegria,
Da repreensão, da recompensa, do desejo
Quero ser a imensidão
Quero ser pequeneza
Quero ser a imperfeição em evidência
[Pois a perfeição
É um atroz sofisma
Da humana cabeça
Quero ser a multidão
Quero ser o átrio do sol solitário da certeza
Quero ser a rocha, a rosa, o roxinol, o girassol, a orquídea, a açucena
Quero ser a ametista, poeta em perene florescência!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://poetadorjesse.zip.net/
COMEDORES DE SOBRAS
No penúltimo halo da antemanhã,
Pessoas saem de seu humilde viveiro
Para buscar o combustível do corpo
Em um quase longínquo desterro.
E, ao chegar a seu destino,
A feira,
Esperam pacientemente
O ocaso da efervescência
Da harmonia desarmônica
Dos sóis de quem vende e de quem compra.
Então, quando advém a hora ansiada,
Afluem sôfregas ao encontro do tapete
De frutas, legumes e verduras
Que cobre o chão
Onde, sob os afagos rudes do dia-a-dia,
Rodas, sapatos, pés desnudos ou de sandálias
Apressada e inescrupulosamente pisam.
Ah, e como a fome delas
É canina e ao mesmo tempo conformista:
Um ancião desempregado
Amaina o vácuo em sua barriga
Com uma suculenta manga dormida.
Ah, quando alguém se depara
Com a horrenda fronte da fome
—— Sentada no trono de sua opulência ferina ——
Deslinda que o nojo é luxo;
Não uma alameda a ser seguida.
Algumas, ao regressar a seu ninho,
Comutam refugo em lucro:
O que na feira era lixo;
Na carente vila de casebres
É auspicioso fruto rentável, celeste, divino.
No entanto, para a hoste de grisalhas
Barbas engravatadas e garbosas,
Este paraíso da lídima e visceral miséria
É nada mais que um moribundo resquício
De seu passado sem rosas e azaléias.
Não, mas estas pessoas:
Estas pessoas sabem
Que a miséria cintila até o ponto
Em que assoma a dor nas vistas;
Que ela é viva, concreta, fenece, fere,
Queima e alucina.
E ela o faz de inúmeras maneiras:
Maneiras que a mais poderosa verve
Nunca sequer imagina.
Sim, todavia alheias aos mais atrozes sofismas,
Elas prosseguem crentes na vida:
Sempre a segurar a ponta do rabo
Daquilo que crêem ser a esperança,
Apesar do crepúsculo, das mazelas,
Das chagas em abundância,
Da dor, da amargura e da desabonança!
Enfim, elas prosseguem,
Mesmo com o mar infinito de desamor,
De inclemência, da ausência de ternura
E do culto da sentimental distância.
Sim, estas belas pessoas continuam a hastear,
Embora não saibam,
O estandarte do vislumbre de uma vindoura era magnânima.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
FLOWER OF DARK JOY
(ODE Á BANDA PEARL JAM)
A flor da alacridade soturna
Descerra-se na tez da minha mente
Quando ouço a melodiosa estrada de guitarras
Emitir um suave som estridente.
Ele percorre todo o duto existente em meu corpo
Ao entranhar-se no sangue cálido,
Tornando-o magma, ígneo, escaldante lava,
A energia do sol, a reencarnação do fogo!
No entanto, como em contraponto,
A rede de pêlos, que envolve a derme,
Fica ultra-eriçada como se estivesse
Recoberta por um denso fluido de água gélida, quase neve.
As letras são lufadas de dor
Que irrompem-me a córnea, a retina, os neurônios:
Transformam-me os pensamentos
Em cristalinos espelhos,
Onde posso contemplar a aura
Do verdadeiro eu de uma considerável parte dos homens:
Uma vez lá, me deparo com um imensurável
Deserto. O deserto do amor pela sua acolhedora casa
E por seus irmãos de ventre, berço, última morada.
A voz de Ed me enternece:
Parece que dela emana
Um brado que é dele e o lacera,
Todavia, é de todos aqueles que sofrem
De um falso lume do amor pessoal, altruísta ou magnânimo.
O seu canto é depressivo:
A depressão é uma reação
Á onipresença onipotente da impotência
Que o trucida por não enxergar o punhal do girassol
Para lutar contra a vil-metálica opressão atroz e ferina.
Ah, ainda que não seja adepto da psicodelia,
Quando ouço a melodiosa estrada de guitarras,
Me entrego ás orquídeas alucinógenas
Que, na transparência da imagem,
Me revelam a cor da verdade.
Então me sinto absorver pelo rei dos vácuos,
E depois que a sua presença se dissolve,
Brota em mim a dor do eterno naufrágio
Por saber que minha consciência sabe
Que a única arma que tenho para a contenda
É ser um cavaleiro inconformado.
Ah, quando ouço a melodiosa estrada de guitarras
Emitir seu suave som estridente,
Conheço a natureza da dor
Que ecoa na alma das oprimidas gentes
Quais no torpe cosmo de Pandora
Estão aos montes,
São contínuas enchentes caudalosas;
E n’alma de mim mesmo, oceano do nada na História.
03/02/008
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Dor da saudade
Silencioso brado
Implode meu coração
Delineando a convivência
Eterniza a experiência
No tempo das lembranças
Coloridos momentos
Imprimem as emoções
Energizando as esperanças.
A Palavra
Qual a arma mais destrutiva da Terra
Que pode levar o mundo à guerra
E aniquilar a humanidade
Sem ter dó nem piedade?
Uma arma que não é feita de matéria,
Que não tem massa; é etérea
Que tem a alma preta
Dentro de minha caneta?
Dê-me um dicionário
E serei um revolucionário.
Deixe-me falar por um segundo
E eu incendeio esse mundo,
Dê-me a sabedoria,
Põe em minha boca a artilharia
E acabo com tua raça
Numa nuvem de fumaça.
Essa arma pulsante e viva
Que voa com minha saliva
É fruto de minha lavra.
Ela chama-se palavra!
Este poema é
dedicado a ti !
Oh seu comilão
não comas esse bombom!!
Que é para mim!!!
Ah, se eu soubesse
Se eu soubesse poetizar,
lindos versos eu sublimaria.
De amor eu poderia falar
e com palavras o exaltaria.
Entristeço-me. Só sei rabiscar,
garatujando mil folhas de papel.
As palavras que surgem no ar,
vão bailando ao som de Ravel.
Tantas palavras, ricas e nobres
tantas expressões, tanta beleza.
Fazem-me sentir tão pobre,
diante de abundante riqueza.
Então, com sutis movimentos,
vou procurando encontrá-las.
Mas fogem a todo momento,
não me deixam expressá-las.
Surgem como estrela cadente
querendo, ao certo, me iluminar.
Depois somem de forma pungente,
ofuscando o meu versejar.
E, em meio a toda essa ilusão
vou absorvendo os meus dilemas,
sem as palavras de inspiração,
eu abstenho os meus poemas.
Luzia Duarte
AMOR, CLEMÊNCIA!
Ficar sem a tua presença,
conviver com a tua ausência,
acabar com a convivência,
de toda nossa existência?
Amor, desculpe a insistência
eu não quero desavença.
Só te peço paciência,
peço que me convença,
me explique essa ciência
que é suportar tua ausência.
Amor,
perdoe -me.
Eu perdi a consciência,
por não ter experiência,
não aceitar abstinência,
causada por tanta ausência
achando que é penitência.
Clemência!
Luzia Duarte
O SER HUMANO
O ser humano é prolífero,
e não sabe se cuidar.
Se torna um ser promíscuo,
um desertor, um sem lar.
Reluta, finge, disfarça
Pra assumir o que é.
Torna-se grande a labuta,
pra decidir o que quer.
Conserva a sua energia,
como uma auto-defesa.
Luta muito, no dia a dia,
pra ser campeão em destreza.
Tem percepção especial,
pois distingue o mal do bem.
Sua inteligência é fenomenal,
mas não valoriza o que tem.
Luzia Duarte
MÚSICA (Eu-Lírico)
Sou ritmo, alegria
as vezes tristeza,
mas sou melodia,
Quem me canta
se encanta,
quem me ouve
tem o seu dia.
Sou som suave,
som clássico,
sou nostalgia.
Sou música,
sou vital,
sou poema,
sou poesia.
Luzia Duarte
INSANO e PROFANO
Mais um louco no mundo,
mais um pouco de louco no mundo,
se no mundo tem pouco louco,
que nasça um louco a cada segundo.
Essa loucura que vai semeando,
a mente do ser humano profano,
espalha-se e vai germinando,
Em seu caminho vai propagando.
Se esse mundo continuar assim,
espalhando tanta descrença,
certamente será esse o fim,
destruindo nossa fé e esperança.
Quanta beleza existe
Vamos procurar semear.
Vem um louco, surge insistente,
idolatra a guerra, vem contaminar.
Aparecem os seus seguidores,
de todo e de qualquer lugar,
endeusando os seus senhores,
que só pensam em lutar, lutar.
Quem não acredita em nada,
e da fé não faz esperança
está certamente enganada,
pois ter fé, só trás segurança.
Se um louco quer ser louco,
que seja um louco sozinho,
não semeie pouco a pouco,
loucura em nosso caminho.
Luzia Duarte
DESAFIO
Joguei fora
os cacos,
trapos,
farrapos,
retalhos;
Destrui
lembranças,
retratos,
fases,
e fatos;
Desfiz
os planos,
projetos,
e sonhos.
Joguei tudo fora,
fiz um desafio.
Você foi embora,
me deixou um vazio.
Luzia Duarte
As mãos tremem em sinal de dor
A cabeça vai fraquejando em sinal de amor
Dum momento para o outro não temos nada
Apenas a desilusão
Que devagarinho vai-se instalado diante do coração
De que vale esconder a verdade
Se quando ela e descoberta
Ficamos assim nesta infelicidade
As minhas mãos tremendo
Mãos de poeta escrevendo
A triste poesia
Que não me faz apagar a desilusão que comigo trazia
Desilusão é verdade
Sentimento de tamanha crueldade
Parece que não a temos mas ela existe na realidade
um dia,um sabio disse ;a riqueza do ser humano
mede-se pela quantidade, d amigos obrigado por vc fazer part da minha riqueza!
ontem pensei em vc talvez por ter olhado o céu e visto as estrela ñ por serem
parecidas com o brilho do seu olhar e sim por estarem tão distante de mim
bacanaseria se toda lagrima fosse d alegria bacana seria se toda saudade morresse num reencontro mais bacana seria mesmo se todas as pessoas fossem igual a vc
Esse é mais um daqueles. É aquela sensação disfarçada de estar fazendo agora a mesma coisa que já fizeram antes, mesmo assim você tem que dizer. Nenhuma coisa que tá aí é uma coisa que ainda não foi. A coisa continua a mesma.
De novo, o açúcar com café que não me mata. De novo, o suicídio que não me acorda.
Esse é mais um daqueles. Nem digo círculo, porque o melhor seria o oito deitado: o símbolo do infinito! É piada dizer que desfaço o desenho assim por dizer. Não me ensinaram na escola. Essa coisa que já foi é a mesma coisa que tá aí. Se não sou eu, quem é? É preciso acreditar que alguém vai acabar com o desenho. Isso, sim, me ensinaram na escola. De novo,
esse é como os outros. Ainda naquela de busca, quando parece que já nem tem jeito. Não tem jeito nenhum o que faço: é cousa mesma, é mesma coisa. Gostar da mesma coisa é ficar na mesma. Melhor dizer do que fingir não ter ido nunca na escola.
Ow! sweet town, sweet town, já não vejo o ar que te respiram, já não corro em razão de tua cura; teus beijos não são beijos (escrevi pra lembrar); já nem consigo me revoltar por ti em vão. Ow, ow!
Esse é como os outros. Os vivos gostam de manter os mortos vivos, mas nem todo morto acorda. Sweet town, sweet town, são construções altas com riscos de ruínas, mas elas não se vão de uma vez por todas: elas voltam, mudam de endereço. Mudar de endereço não é mudar de dono. Esse vidro quebrado que de longe dá pra ver lá fora, não vê nem lá fora direito. Ow! sweet, sweet! Teu doce reembalado pelas indústrias de mesmo nome, teus cachos de gente em frente ao espelho. News, sweet town! News não há! Existem somente as linhas do tempo,
enroladas naquilo que, em mim, é como nos outros.
============================================
Rafael Coelho
rafaelferreiracoelho@uol.com
Esqueci: o nome do negócio aí em cima é METROPOLITAN NEWS.
SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)
O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele!
E desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
E desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia!
E meu cabelo arrepiado espeta
E meu pulso desencapado te choca
E meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: vida
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.
http://www.deitandooverbo.wordpress.com
Poeta, Poesia e Tecnologia
A poesia não morreu,
mas o poeta é que quase foi esquecido
Por entre tecnologias
e avanços do mundo moderno
O coração foi adormecido
Mas as revoluções do moderno
aos poetas chegaram
E nestas páginas todos irão encontrar
Poesias, estórias,
contos de amor ou de dor
Nas diversidades que somente
os poetas poderão demonstrar
Convido a todos os poetas e amantes da poesia a participarem e conhecerem o portal Sociedade Mundial dos Poetas
http://www.sociedademundialdospoetas.com.br
DOWNLOAD DO ALÉM
Noite do espanto
fui baixar um arquivo
baixou-me um santo
MEDITAÇÃO
Em silêncio eu oro
nenhuma estrela cadente
só passa meteoro
INFERNINHO
Noite de inverno
Um chopinho bem gelado
é servido no inferno
– Prometo amar-te
acima de minhas forças.
Ela sabe que eu sou fraco.
Eu sei que ela não é moça.
– Prometo aturar-te
até que invente outra onda.
Ela sabe que eu traio
e a compra come solta.
– Prometo descasar-me
para voltar ao que eu era.
Ela sabe que estou falindo
eu sei que se faz de boba.
– Prometo desfazer-me
há tanta vida pela frente.
Ela sabe que tenho planos,
eu sei o quanto é inteligente.
– Prometo deixar-te.
Chifre dói mais que dente.
Para o padre chora as mágoas,
ao vizinho se doa diariamente.
Soando como sino.
O meu canto é triste,
De uma própria natureza,
Do que em mim existe,
De pura tristeza.
Meu canto revela,
O oculto no coração,
Da dor que martela,
Eterna aflição.
Soando como sino,
Que está sempre badalando,
Triste desatino.
Meu canto são prantos,
Versos estalando assim,
Por todos os cantos,
Lá dentro de mim.
Meu canto é o real,
Súbito estrondo de trauma,
Bate sem igual,
Lá no íntimo da Alma.
Soando como sino,
Que está sempre badalando,
Triste desatino.
ED SILVA POETA
Responder
deassisilva@bol.com.br
A dura pena
A dureza desta vida,
Não é a angústia do morre não morre,
A dureza desta vida,
Não é a lágrima que escorre.
A dureza desta vida,
Não são as horas de solidão,
A dureza desta vida,
Não é ter saudade no caração.
Pior que os males do amor,
É a dura pena de ser castigado,
De passar por está vida ,
Sem nunca ter amado.
Sabe ser bem mais forte,
Quem na fúria da dor ,
Leva dentro do peito,
As lembranças de um grande Amor.
ED SILVA
Na verdade procuro um poeta!
Na verdade vai ser difícil de encontrar um poeta. A dor do poeta é uma dor fingida.
Aprendi muito
TERRA-MATRIZ
Horizontes de padecimento e migalha
Cobrem de ferrugem
A usina da esperança incendiária:
As progressivas nuvens corpulentas do abandono
— ao derramar a ácida peçonha do sepulcro do sonho
Sobre a equatorial e atlântica Nação-Melanina,
Muito embora não consiga secar, de todo, o córrego da alegria —
Entorpece-lhe o sangue da autoestima.
O dissabor, a amargura e a cobiça
São gigantescas piranhas famintas:
Daninhas Ervas Boreais plantam
Suas sementes atiçadoras da ira
No solo de fraternais famílias
Para que floresça prolífica
A eterna dinastia das dantescas florestas de carnificina!
Ah, materna África minha,
Não bastasse
Terem pilhado de ti
O reino dos marfins, esmeraldas e diamantes da fibra;
Infectam-te com o vírus do caos
E a tornam aurífera joia suicida:
A belicosa locomotiva lucrativa!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://bocamenordapoesia.webnode.com.pt/
• http://twitter.com/jessebarbosa27
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“endo” do amor
Depreendo a predominância tua em minha vida,
E digo alegrado, oh, ilógica equidistância desrespeitosa;
De nada vós serve, pois repreendo seco.
Afloro o amor da pele, veemência esclarecida,
e Assim lido formoso amor de fogo que enternece.
essa já é bem antiguinha, agora estou mais para o lado do existencialismo e surrealismo e metalinguagem.
obrigado desde já.Mikhael
Intocável
De que adianta te olhar
Se em ti não posso tocar
Eu olho pro infinito céu estelar
Estendo a mão
Esperando te tocar
Eu vejo as cores em você
Apaixonante pros olhos meus
Estendo a mão
Para que com estas cores eu possa me misturar
Minha linda aurora refletindo no mar
Eu te buscaria no mais profundo oceano
Minha linda estrela do mar
Nadaria sem parar
Estendo a mão
Já não posso respirar
E quando a ultima lagrima eu derrubar
Tuas pétalas eu irei molhar
Um raio de sol vai te iluminar
Estendo a mão pra te tocar
Tens espinhos, vai me machucar
Com uma ultima esperança irei tentar
O teu coração eu tentarei acordar
E se com um beijo eu não te tocar
Imagino o quão distante poderá estar
Minha exaustão me impede de continuar
Nathan de Souza Pontual
poesia é como lembrar seu passadoé bom que nem nadar em um rio de milragres basta apenas acreditar
um dia achei vc pois era de se esperar pois lutei por vc e ate quis me relembrar!!!
ME ADD NO MSN krysllen2001@hotmail.com
Ainda sonho acordada, como fazia sempre,
antes mesmo de aprender a beijar.
Não desisto de viver o impossível,
mesmo que seja só nesta desvairada imaginação.
Teimosa imaginação. Estúpida imaginação.
E lá estamos nós, nús de realidade
e vestidos da mais doida e vadia teimosia.
Ansiedade
Na ansiedade que consome meu ser,
Tento dormir e não pensar em nada.
Fico tão inquieto na calada da noite,
Tentando imaginar como será meu amanhã.
Minha preocupação é com o amanhã.
Não gosto de pensar em não estar aqui.
Ainda preciso muito sorrir.
Quero acordar, vivo e são!
E que minha vida tenha sempre uma razão.
Que ela venha e me ensine a não ser ansioso…
Tenho que viver o hoje, glorioso!
E fazer tudo que mandar meu coração.
Gustavo Nascimento
Sonho distante
Imagine um Brasil sem preconceitos.
Sem discriminação, sem racismo.
Um país unido pelos direitos.
Sem orgulho, nem estrelismo.
Sem fome, sem roubo, sem morte.
Uma nação cheia de vitórias.
Longe do azar, mar perto da sorte.
Conquistando a moral, escrevendo novas histórias.
Um Brasil lavado pela branca paz.
Dentro dos seus muros o amor sobre cada brasileiro.
O amor que certamente faz
Desse povo, um povo guerreiro.
Gustavo Nascimento
Eu
Qualquer palavra que sai da minha boca,
Qualquer sentimento que eu venha transparecer,
Qualquer sorriso meu…
É verdadeiro.
Todas as frases que eu escrevo,
Cada gesto, cada som, cada lágrima minha,
Cada momento que eu vivo e morro…
É meu…
Toda noite perdida assistindo tv,
Toda rosa guardada dentro do diário,
Todo suspiro de alegria,
Todo abraço forte e quente que eu ganho,
Cada pensamento que me faz parar no tempo,
Cada música, filme, seriado que me encanta,
Tudo, tudo, absolutamente tudo…
Sou eu.
Gustavo Nascimento
Viagem
Se eu não sobreviver até amanhã,
Tomara que ninguém esqueça de mim.
Rogo, pois, a todos os meus amantes
Que se faltar amanhã, não se esqueçam de mim.
Se eu não sobreviver até semana que vem,
Que os meus escritos sejam todos lembrados.
E que a minha pessoa seja de um modo recordada,
Porque quero viver mesmo estando ausente.
E na minha ausência completa e definitiva,
Que os meus poemas sejam todos lidos,
E aplaudidos e contemplados…
Porque fui em vida um grande escritor.
Se eu não sobreviver à própria vida,
Que todos se recordem de mim como o Sol:
Brilhante e autêntico, infinito!
Porque quero viver mesmo estando ausente…
Gustavo Nascimento
Não há nada
Não há esperança…
Não há decisão a tomar…
Não há tempo a perder…
Nem tampouco lágrimas a derramar…
Não há escolha…
Há apenas o aceitar da desilusão e
Do comodismo e da escuridão…
Não há amor, não há sentimento algum…
Não há passagens para outros lugares…
Nao há sabedoria…
Não há coragem…
Nem tampouco a capacidade de superação…
Não há contexto…
Não há lógica, nenhuma razão…
Não há expectativa….
Não há nada, nada!
Gustavo Nascimento
Uma amizade
Posso definir uma amizade
Como doação.
Ser amigo de verdade
É se entregar de coração.
É ter para chorar, um ombro amigo.
E para rir um companheiro.
Dizer: Tenho um irmão aqui comigo…
Um irmão verdadeiro!
Nada como um bom amigo ao seu lado.
Ser confortado na angústia da alma,
Receber amor, ser amado.
Receber carinho e ter sempre a calma!
É tão lindo uma amizade pura.
O dar e o receber de um relacionamento…
É mais lindo ainda aquela que dura
E jamais cairá no esquecimento.
Gustavo Nascimento
Se
Se me fosse dada a liberdade de escolher de novo,
Escolheria o melhor dessa Terra.
Separaria para mim as coisas boas do cotidiano,
Separaria para mim toda riqueza da simplicidade.
Se me fosse dado o direito de querer alguma coisa,
Talvez, eu ia querer a verdadeira felicidade.
Eu ia querer estar bem comigo mesmo
E, ainda, quem sabe, uns dois ou três amigos…
Ah, se me fosse dado a dádiva de ser feliz…
Se me fosse dado a paz.
Ah, a paz que tranquiliza e acalma o homem.
Seria, sem dúvida, a pessoa mais plena da face da Terra.
Se me fosse permitido acertar, mesmo que por uma vez.
Se me fosse permitido escrever uma nova história.
Quem sabe eu seria um pouco melhor, talvez um heroi…
Se fosse possível sair desse se… Tudo seria bem diferente.
Gustavo Nascimento
Ilusão
Preciso mesmo desse sorriso seu
Desse abraço gostoso e apertado
E preciso também dessas palavras que me dão coragem
Enfim, eu preciso de tudo que vem de você
Preciso mesmo desse alerta na hora exata
Desse cumprimento no meio da turma toda
Desse segredo que me faz mais íntimo de ti
Dessas observações que me agradam e me intimidam
Sabia que eu preciso muito daquelas dicas…
De sua sabedoria para decifrar aquele meu sonho
E nas provas, trabalhos, em tudo, é de você que necessito
Preciso mesmo da sua presença
Mas, embora eu não tenha você aqui comigo
Ainda assim, preciso de sua companhia
Preciso acreditar que em algum momento
Você aparecerá do meu lado, e me dará tudo que preciso
Gustavo Nascimento
Agora há pouco
Agora há pouco pensei em ir embora.
Mas, depois de pensar melhor, decidi ficar.
Minha ausência só iria despertar rumores
De que fui embora com medo de tudo se revelar.
Vou ficar aqui e de cabeça erguida!
Não devo nada a ninguém, não mesmo.
Não tenho medo desse segredo ser revelado,
Já faz tanto tempo que nem me importo mais…
Agora há pouco pensei em tirar minha vida.
Mas, depois refleti bem e pensei se valeria mesmo a pena…
Enquanto todos beberiam e dançariam minha morte
Eu estaria submerso num mundo que nem conheço.
Não vale a pena e basta!
Vou viver com esse segredo até o fim.
Agora mesmo acabei de enterrá-lo num túmulo.
Não tenho medo de nada, mas tabém não sou um tolo.
Gustavo Nascimento
Minha flor
Quando ouço aquela nossa música,
Me perco na melodia e viajo…
Fico sonhando acordado,
Pensando em você, minha musa.
Quando sinto aquele seu cheiro,
Ponho-me a chorar de satisfação.
De alegria eu pulo e agradeço aos deuses
Por ter o seu coração.
Quando ouço o ruído de tua voz,
Paro no tempo e fico inibido.
Fico sem reação
Diante da beleza de seu timbre conhecido.
Quando te vejo, meu amor,
Minhas pernas ficam bambas, e eu, trêmulo.
Confirmo mais uma vez que sem você não vivo.
Pois você já é parte de mim, minha flor!
Gustavo Nascimento
Sou gente
Como todo homem tenho planos.
Tenho frustrações também.
Mas nunca deixo que ninguém
Me desanime e me tire esperança.
Sempre procuro a satisfação da alma.
A leveza da vida para vivê-la numa boa.
Quero sempre estar de bem com o Universo.
Sempre firme e constante.
Eu amo e odeio também.
Sou de carne e osso, mesmo que não pareça.
Procuro sempre me fazer feliz
E me tornar aquilo que eu sempre quis.
Gustavo Nascimento
Beijo
No frio da noite escura,
Sento-me no chão gelado e me vejo
Como quem procura algo,
E com zelo quer encontrar a tradução de um beijo
Um beijo é mais que o tocar de lábios.
É mais que excitação, que atração.
Como diziam os velhos e grandes sábios:
” No beijo está ligado o coração “.
Defina-me um beijo quente e apaixonado.
Anda! Defina-me!
Se você está calado,
Então vem aqui depressa e beija-me…
Toma-me em teus braços.
Devora-me no teu amor, sim!
Revela-me os teus traços
Num longe beijo dedicado à mim.
Gustavo Nascimento
Hoje
Hoje eu quero menos responsabilidade.
Quero nada do que é ruin…
Não quero viver nehuma obscenidade
E nem ouvir absurdos.
Hoje eu quero me trancar em mim mesmo.
E não revelar o meu eu a ninguém.
Quero contar todos os meus segredos
Ou posso trancá-los num cofre também.
Hoje eu quero imergir na saudade.
Quero contar para o meu coração a minha dor.
E não ser de mentira… Quero ser de verdade!
Hoje eu quero sentir um novo sabor.
Hoje eu quero nada mais que menos:
Menos preocupação, menos tristeza…
Quero transbordar minh’alma na alegria
E viver uma vida plena, com certeza!
Gustavo Nascimento
Sou eu
Pense no cenário mais escuro
Pense na face da morte sorrindo
Pense na escasses de tudo que existe
Sou eu
Pense no horror que apavora as crianças
No medo que perturba os homens
Pense na faca que perfura a carne quente
Sou eu
Pense na miséria constante das favelas
Pense nos tufões, desgraças e dor
Pense na solidão e no soluço do choro
Sou eu
Pense no vazio
Pense no nada
Pense num vasto campo de rosas negras
Sou eu
Gustavo Nascimento
Frio
Faz frio lá fora…
Meu coração parece estar congelado.
Minha clareira está apagada.
Faz frio lá fora e a noite vai caindo.
Um frio intenso, congelante.
Meu cachorro dorme em paz há muito tempo.
Ele não morreu, apenas descança…
Pois o frio o faz parar de agir.
Bendito cobertor que me aquece.
Benditas luvas que relaxam minhas mãos.
Enquanto o mundo morre pelo frio
Eu vivo pelo meu mundo.
Esse mundo é minha casa.
Que apesar de ter uma clareira apagada
E um cachorro que dorme demais,
É o único lugar onde o frio não me mata.
Gustavo Nascimento
Devolva-me você
A minha vida se resume na esperança.
A minha vida se resume no calar.
A minha vida se resume na lembrança
De um dia ter olhado o seu olhar.
O meu coração bate guiado pelo seu.
O meu coração pertence à você.
O meu coração (aquele que um dia te conheceu),
Perguntando está agora: Por que? Por que?
Fora do meu alcance você esnoba.
Fora das minhas mãos você fica nua.
Fora de mim, uma máscara você coloca,
E eu estou perdidamente louco na tua.
Devolva-me esse ar que já não tenho mais.
Devolva-me os olhos para que eu possa ver.
Devolva-me, por favor, aquela paz…
Por favor, devolva-me você!
Gustavo Nascimento
Ouço apenas o silêncio
Ouço apenas o silêncio…
E mais nada.
Às vezes, por sorte, consigo ouvir o vento…
E só.
Não vejo além da fumaça.
Aliás, vejo sim.
Vejo uma nuvem cinza
Que anuncia chuva.
Já não ouço apenas o silêncio.
Ele se misturou com a chuva,
E a chuva brinca com a fumaça…
Como isso pode acontecer?
Ouço apenas o silêncio…
A chuva, a fumaça e o resto
Era apenas o próprio silêncio dizendo
Que eu imagino demais para ouvir alguma coisa.
Gustavo Nascimento
Amigos
Amigos.
Precisamos de amigos!
Amigos…
Confidentes…
Amigos!
A coisa mais preciosa que temos,
Sem dúvida, são os amigos.
Existem varios tipos de amizades.
Existem muitos tipos de amigos.
Mas existe apenas uma verdade:
Que amigo é amigo!
Existe aquele amigo mais sério,
Que não fala tanto.
Mas existe também aquele tão histérico
Que só sua presença traz espanto!
Existe aquele amigo mais calado,
Que não expressa muito seus sentimentos.
Mas existe aquele com a boca arreganhada,
Que fala sem constrangimentos!
Existe ainda aquele que precisa ser notado,
E se não for fica uma fera!
Mas tem aquele que é tão inibido e fechado
Que por um cumprimento fica na espera.
Mas amigos são assim…
Diferentes.
Quero ter muitos para mim
E que não sejam tão exigentes!
Variedades de amigos?
Muitos tipos e apenas uma verdade?
Pois é!
Pela paixão da amizade que arde,
Amigo sempre será amigo.
E ter um é sempre uma arte!
Gustavo Nascimento
Confusão no amor
Amei porque não sei
Doeu esse amor
Amor que viveu
Cercado de muita dor
Não sei se aprendi
Não quero saber
Acho que entendi
Vou falar, vai doer
Não te quero mais
Amei porque fui covarde
Seu amor me traz
Desgosto e infelicidade
Fui covarde ao dizer sim
Quando casamos…
Mas tudo isso para mim
Só prova que erramos
Gustavo Nascimento
Coisa linda
Coisa mais linda é você.
Meu homem, meu folêgo, minha vida!
Quero sempre ao seu lado viver
E ter comigo essa paixão doce e ardida.
Por você eu já fiz tanta loucura…
Já matei, já chorei,
Abri mão, deixei de frescura…
E contigo, mergulhei nessa aventura.
Devo a você, por estar comigo,
O meu caráter, minha sensibilidade….
Obrigado meu príncipe,
Por esse amor de verdade!
Sempre me fazendo forte.
Me dando coragem, me levantando…
Meu bem, que sorte!
Te encontrei, e por mim, você estava esperando!
Gustavo Nascimento
Língua Portuguesa
Sinto-me feliz em declarar-me a ti.
Pois és formosa e de grande valor.
Com suas palavras, alegria me fazes sentir,
E despertas em mim um grande amor!
Se todos soubessem o quão és importante…
No nosso dia-a-dia és tão influente…
Mesmo havendo em ti dificuldades constantes,
És para mim a Mãe mais excelente!
Através de ti expresso tudo o que sinto.
E isto é sem dúvida inestimável.
Amo-te, cheio de bom senso!
Suas normas-padrão me faz um responsável.
Quero agradecer-te por essa paixão.
Saiba que por ti nunca me calarei!
Estás gravada nas tábuas do meu coração.
Língua Portuguesa, de ti, nunca me esquecerei!
Gustavo Nascimento
Saber viver
Para amar não existe regras
Basta amar!
Intensamente viver cada nova paixão
E sempre extravasar.
Para sonhar não há impedimentos
Basta sonhar!
E lutar, acreditando em seu coração
Que um sonho pode sim se realizar.
Para ser feliz não há contraindicação
Basta… Saber viver!
E não ter medo de far de seus sentimentos.
Para ser o que quiser
É preciso, acima de tudo, se amar
E ser mais você, haja o que ouver!
Gustavo Nascimento
Revolta
Porcaria de vida que consome e suga
Todas as minha forças…
Um dia parece mais uma eternidade
Nesse mundo esdrúxulo e mesquinha.
Em pensar que eu poderia estar em paz,
Descansando debaixo da terra fria e escura,
Longe das desgraças de cada ser imundo que vive aqui,
Longe da inércia de todo ser humano sujo.
Porcaria de Sol que queima a minha pele!
Porque não te tapam com uma nuvem de marimbondos
E apagam de vez o seu brilho impetuoso e tenaz?
Porcaria de tudo e mais um pouco…
Resta-me apenas tentar ser o mais paciente possível
E esperar até que a morte me separe
Desses mortais inutilizados pelo tempo perdido,
E esperar que ela venha e me tire dessa merda que se chama Terra!
Gustavo Nascimento
Mentiras
Viverei a fundo meus sonhos e desejos
Cumprirei a risca o que mandar meu coração
Sentirei falta de uma amizade antiga
Dormirei ao sereno à procura de uma resposta…
Cantarei muito sem me preocupar com a voz
Tentarei perdoar aquele que me feriu com punhal
Transbordarei amor e paz de dentro de mim
Deitarei na grama descalço e fecharei os olhos
Chamarei o vento para me acompanhar
E o Sol para me aquecer na noite de muito frio
Sofrerei com sua ausência… Ah, sofrerei!
Baterei palmas no mais alto monte da Terra
E, certamente me frustrarei…
Porque sou uma mentira, e nada disso sentirei…
Gustavo Nascimento
Sonho
Essa noite eu sonhei demais.
Começou com uma estrada velha,
Que de certo modo me levou perto de um rio
Trazendo-me à vista um menino magro.
Esse menino não tinha nada, não tinha expressão.
Estava nú, cabisbaixo…
Tomava da água do rio goles fartos de sobrevivência.
Seus olhos lacrimejavam e eram negros feito a noite.
Enquanto me aproximava do garoto infeliz,
Veio-me a lembrança da minha infância.
Então eu percebi que menino era eu…
Apenas um pouco mais magro, talvez, mas era eu!
Vivi daquele jeito por muito tempo.
Minha vida sempre foi magra de vitórias.
Mas acontece que tudo mudou,
E aquele menino, vive agora, apenas dentro do meu sonho.
Gustavo Nascimento
Estou farto
Estou farto!
Apenas digo que estou farto.
Só não me questione do quê.
Pois farto estou, e ponto.
Estou farto de mim…
De toda nostalgia que sinto.
E de toda fraqueza que me confronta.
Farto… Muito farto.
Tenho pressa absurda.
Corro mais que o próprio tic-tac,
Na esperança de conseguir alguma coisa
Porque já não aguento mais essa miséria!
Estou farto de mim…
Arranho-me a todo tempo.
Bem pudera eu estar farto do mundo,
Mas não! Estou farto de mim e basta!
Gustavo Nascimento
Homem
Que uma definição apenas define seus definidores
Todo mundo já sabe.
E que aquele que julga, por seu julgamento será julgado
Estamos carecas de saber.
Que a mentira sempre tomou o lugar da verdade,
Que a paz esteve sempre abaixo da guerra,
E que o amor só é lembrado na hora do apelo
Sabemos há muito tempo…
Mas por que não sabemos (ou não queremos saber)
Que a essência da vida está nas pequenas coisas?
Que o mundo é grande demais para vivermos em nosso “mundinho”?
E que o amor é tão glorioso, a ponto de mudar uma vida?
É porque nos acomodamos com o pouco que nos dão,
E é sempre muito melhor e mais fácil, bater que apanhar.
É porque desprezamos a ajuda alheia por causa do orgulho
E ainda somos capazes de dizer que merecemos prêmios….
Enfim, é porque embora tenhamos um vasto horizonte
Com campos verdes e tranquilos a nossa frente,
Nosso instinto selvagem nos domina
E sempre consegue iludir e enganar nossas mentes pequenas.
Gustavo Nascimento
Carência
Tomara que eu não fique sozinho
Pois tenho medo da solidão.
Gosto de cuidados, amo carícias, amo ser amado…
Adoro causar nas pessoas uma certa preocupação.
Tomara que eu não caia no esquecimento…
Pois tenho necessidade de receber ligações.
Preciso que me pergunte se está tudo bem,
Necessito de um olhar de aprovação.
Tenho carência de muitas coisas…
Dentre elas, de amor de pai e mãe.
Preciso de um colo confortável e muito amigo.
Eu preciso de um amor, que queime meu coração.
Espero encontrar a felicidade em breve.
Espero também, encontrar quem possa suprir minha faltas.
Pois sou um bom menino, um bom filho…
E, por isso, não mereço ficar jogado a própria sorte e nem as traças!
Gustavo Nascimento
Tudo já fiz
O que devo fazer para ter você?
Aliás, o que mais devo fazer para te ter?
Ensina-me o segredo, procure me entender.
Tudo já fiz por você, se quer mesmo saber.
Me entregar de corpo e alma?
Já me entreguei!
Ficar sem paz, perder a calma?
Já fiquei!
Perder noites de sono pensando em você?
Já perdi!
Enlouquecer, chorar, gritar… Quer saber?
Já enlouqueci!
E parece que de nada adiantou meu enterro.
Você continua a não me perceber…
Desejo que fique só, no desespero
De nunca mais alguém te querer!
Gustavo Nascimento
Pessoas
As pessoas são pequenas e pequenas,
São capazes de iludir e depois matar.
O ser humano é mesquinha,
Dá apoio e conforto, para depois tudo tirar.
Os homens de hoje são frios e calculistas,
Inóspetos e sem emoção alguma.
Suas vidas são tão individuais e solitárias,
São frágeis como uma espuma.
As pessoas de agora não sentem,
Não olham para a dor alheia.
São humanos que vegetam e nem sabem disso.
São menores e mais inúteis que um grão de areia.
Acham que são donos de coisas que não tem.
Vivem de um modo nojento, horroroso.
Sabem que são uma mentira, mas não ligam,
Porque são animais, e vivem num chiqueiro espaçoso!
Gustavo Nascimento
Infeliz
Coração gelado, frio, inerte.
Coração que não sente, não ama.
Que não perdoa, não se arrepende.
Coração preso, que tudo rejeita, tudo estranha.
Coração calado, cheio de mágoas.
Com muito rancor pelo que não viveu.
Coração triste, infeliz.
Peço-te , acorde coração meu.
Coração que não sonha.
Que não prevê nada bom, só mente.
Desconsolado e sem fome de vida.
Coração sem sal, sem tempero, descontente.
Acorde, coração meu!
Desperte da escuridão que teima em se esconder.
Coração de pau, de vidro, sem emoção.
Coração ferido, preciso te entender…
Gustavo Nascimento
Mundo de mentiras
Viver num mundo de mentiras…
O que me faz viver nesse mundo?
Porque não fujo dele?
Viver nesse mundo mentiroso é um caos.
Tudo o que vejo é falso.
Tudo o que toco se desfaz.
Não sinto nada verdadeiro, nada…
Vivo aqui há muito tempo.
Desde quando não sei.
Tudo é uma miragem, uma sensação.
Vida não é vida, senão quando há vida..
E é por isso que não vivo!
Onde está a verdade nesse mundo?
Cadê a verdade em mim?
Não sei o caminho que leva a porta de saída…
Sinceramente, nem sei se ela existe nesse mundo de mentiras.
Gustavo Nascimento
Infame
Vagabundo!
Vivo dessa maneira há muito tempo.
Vivo da astúcia leviana,
E de vagabundar estou farto!
Indecente!
É o que sou e basta.
Tenho vergonha do meu rosto sem vergonha.
Vivo mentindo e sou ridículo em tudo!
Canalha!
Escória social, ralé.
Sou um ser desprezível, infame,
Patife, biltre, vil, horroroso!
Indesejável!
Sem escrúpulos e sem decência nenhuma.
Cretino e estúpido em todo tempo,
Sou eu, uma merda que vive dentro de outra merda!
Gustavo Nascimento
Adoro você
Adoro esse seu jeito tímido,
Sua cara de anjo sem vergonha,
Seu sorriso autêntico e cínico,
Sua boca molhada que não me estranha!
Gosto de bajular você.
Não preciso esconder isso de ninguém.
Plausível é você!
Digno assim não tem outro alguém.
Fico louco quando você fala!
Balbuciando ao pé do ouvido você me excita.
E também fica lindo quando se cala,
E em pé, com sua nudez você me fita!
Eu sei que isso é errado…
Mas para mim, você nunca vai mermar!
Já que entrei nesse pecado,
Resta-me agora, por toda minha vida, te amar!
Gustavo Nascimento
Engano
No escombro causado pela desventura,
Existe uma pergunta que não quer calar…
Se eu quis me aventurar nessa loucura,
É porque não sabia que iria me machurar.
Você se arrepende?
Coisa bizarra é ferir o coração de alguém!
Será que você sente
O gosto do ódio que eu sinto também?
Você acariciou minha face com amor…
Prometeu uma flor e me deu um espinho.
Precisava me causar tanta dor?
Eu só buscava um pouco de carinho.
O candelabro da paixão se apagou.
As cortinas abertas anunciam ao mundo,
Que sarcasticamente você me amou
E fez de mim um vil moribundo!
Gustavo Nascimento
Amanda
Em seus olhos vejo uma menina sonhadora.
Com carisma, você conquista tanta gente.
É facil perceber o amor que sente,
E notar que você é uma vencedora!
Ah, como é bom ser teu amigo…
Poder ouvir sua voz, estar perto de você.
Ter sua opinião, ver seu sorriso.
Sentir o seu afeto aqui comigo.
Sua beleza interior é tão visível.
Você é confiável, uma amiga de verdade.
Deu-me coragem quando quis ser covarde.
Você sabe, eu sou uma pessoa sensível.
Desejo que sua exuberância nunca tenha fim.
Que sua luz brilhe onde você estiver.
Amanda, amiga do peito, paixão sem fim…
Conte comigo, para o que der e vier!
Gustavo Nascimento
Sonhar é para todos
Do sonho que nasce dentro de mim,
Transformo a tristeza em satisfação.
Pois se eu sou capaz de sonhar,
É porque tenho um coração.
E mergulho na beleza de poder viver,
E amar, e sorrir, e respirar!
De alguma coisa que nasce em mim,
Faço do nada o ato de sonhar.
Me visto de fantasia!
Sonhar não é para poucos,
Mas é para todos que assim desejam…
E no sonhar está a alegria.
Meu coração pulsa de amor e felicidade.
Sou vivo e quero sonhar!
Me perco em meus pensamentos malucos
E viajo junto ao meu sonho sob a luz do luar!
Gustavo Nascimento
Reflexão
Quantas marcas temos dentro de nós;
Quantos projetos sonhamos em realizar;
Quantas vezes temos vontade de soltar a voz,
E num só grito, tudo o que somos revelar.
Quantos cheiros adoramos sentir;
Quantas lembranças temos da infância;
Quantos momentos nos fizaram sorrir;
Quantas preces rezamos cheios de esperança.
Quantas paixões tivemos na adolescência;
Quantas surras levamos por desobedecer;
Quantas vezes nos enganaram por nossa inocência;
Quantas vezes sofremos por obedecer.
Quantos amigos já passaram por nós;
Quanta coisa boa aprendemos com a vida;
Quantos momentos desejamos ficara à sós;
Quantos prêmios já ganhamos por uma vida bem vivida…
Gustavo Nascimento
De mim sai sangue
De mim sai sangue…
Consequência de uma errada atitude.
Não sei se posso impedir,
Nem sei se ainda tenho virtude.
Sangue do meu corpo…
Onde dói, parece que rasga!
É tudo uma reação do que optei.
Mas nessa dor eu preciso dar um basta!
É sangue mesmo!
Misturado com as impurezas do meu interior.
Não há nada mais sofrido,
Que esta estranha e sangrenta dor.
Morro em mim mesmo!
E tudo por causa de um pecado.
É uma confusão esse assunto…
Eu acho mesmo é que está tudo errado!
Gustavo Nascimento
Vergonha
Carrego no meu ventre o desprezo,
Tenho comigo a solidão perpétua,
Sinto falta do calor humano
Tenho a lembrança do ato desumano.
Carrego no meu eu o sangue inocênte,
Tenho comigo o despertar do pecado,
Sinto falta da iniquidade,
Tenho de sobra a ausência da verdade.
Sou a vergonha e sou a desonra também.
O meu clamor é porque estou escravo.
Tenho comigo a sombra do inferno,
E sinto o desejo de sentir o externo.
Tenho em mim o soluço do choro.
Tenho comigo a ferida da alma (sempre sã).
Tenho na boca o amargo da derrota,
E no peito o consolo que não me toca!
Gustavo Nascimento
Sono que vem
A noite caiu
E o dia desapareceu, foi embora.
O sono sumiu…
Deve estar perdido por aí agora.
Quero deitar e descansar.
Minhas pálpebras desfalecem.
Preciso sonhar e sonhar…
Meus neorônios enlouquecem!
Meu sono, necessito encontrar.
Danadinho! Não quer dormir?
Mas eu quero e já vou avisar:
Te encontrarei e terá de me servir!
Não aguento mais escrever…
Ah, ha! Eu disse que te encontraria.
Agora sim você vai ver!
Boa noite se quer mesmo saber…
Gustavo Nascimento
Vale mesmo a pena?
Será que vale mesmo a pena
Viver cercado de gente bonita,
Rodeado de pessoas bem servidas,
Enquanto você está morrendo aos poucos?
Será que vale mesmo a pena
Sacrificar os valores da vida por uma noite?
Ou quem sabe trocar o certo pelo duvidoso?
Ou ainda, duvidar de sua própria capacidade de viver?
Em cima de tudo isso questiono:
Onde fica seu coração?
Falo do emocional, da moral, do próprio valor.
Se vale a pena, então, onde fica sua alma nessa história?
Vale mesmo a pena trocar o sono por uma festa?
Realmente é lucro trocar a saúde por aquilo que é sujo?
Quando responder a essas indagações estará certamente
Interrogando a si mesmo sobre quem é o seu próprio eu…
Gustavo Nascimento
Adeus
Jamais me esquecerei daquele dia.
Ninguém pode imaginar o que sentiu meu coração.
Medo, dúvida, certeza e covardia!
Agi mais uma vez guiado pela emoção.
E quando anunciei minha saída,
Mergulhei na melodia daquela doce canção,
Deixando-me levar pela dor e alegria
Que procurei nessa amarga precipitação.
Mas foram momentos gloriosos!
Pessoas fantásticas conheci durante esse tempo.
Amigos brilhantes, seres vitoriósos,
Que me ensinaram a viver com riso cada momento.
Se eu pudesse, certamente voltaria atrás.
Me sacrificaria, porque hoje eu sei que vale a pena…
Eu me precipitei e não posso mais voltar.
Tive uma mente minúscula e uma alma bem pequena.
Gustavo Nascimento
Essência
Eu choro porque sou gente.
Minto porque tenho medo da verdade.
Recuo porque sou covarde.
Tenho frio porque não gosto do quente.
Eu falo porque não sou mudo.
Canto porque sou feliz.
Busco o preenchimento na frase que diz:
Seja você acima de tudo!.
Eu corro porque tenho pressa.
Amo porque não conheço o amanhã.
Sou ídolo, espectador, sou fã,
E tenho na face a beleza que é expressa.
Eu insisto porque a vida é boa pra mim.
Escrevo porque Deus me deu talento.
Vivo com intensidade cada bom momento,
E desejo que todos vivam assim.
Gustavo Nascimento
Dia triste
Como está meu coração?
Frustrado, triste, ferido!
Sinto-me sem chão.
Preciso muito de um ombro amigo!
Estou sem vontade de viver.
Desmotivado está meu pobre coração.
Não quero amar, não quero saber!
Não quero ganhar aquela paixão.
Como está sangrando meu interior…
Não consigo parar de chorar.
Ah! Eu sei que não estou amando,
Só quero erguer a cabeça e melhorar.
Tantas coisas acontecendo comigo.
É sempre assim…
Mas eu sei que consigo
Dar a volta por cima e nessa dor pôr um fim!
Gustavo Nascimento
Sabe…
Sabe…
A minha maior dávida é você.
É te olhar na cama pela manhã,
Te beijar com álito de sono.
Sabe do que mais…
O meu maior espetáculo é seu sorriso.
Você, apenas você em mim.
Paixão minha, minha canção.
E ainda tenho mais pra te falar…
Sua companhia preenche a lacuna do meu coração.
Poderia ficar o dia todo contemplando você.
Paixão minha, minha razão.
Te darei o Sol para aprender a brilhar com você.
E a Lua para ser amante como você.
Saiba que nada é comparável ao que sinto…
Paixão minha, meu tudo, meu amor.
Gustavo Nascimento
Sentir você
Quero te envolver em meus braços
Sussurrar em seu ouvido palavras belas
Tomar seu fôlego deitado na cama
Te abraçar para que sinta o calor do meu corpo ardente
Quero entrar em seu íntimo
Te viver sem parar
Um beijo quente vou te dar
Vamos, venha comigo na chuva dançar
Vou morder seu corpo todo
Seu seio palpita e pula de excitação
Olho você que é toda minha
E me desespero porque te quero ainda mais
Paixão que me faz querer você despida
Quero sentir seu lábio sedoso
Sentir sua pele cheirosa e perfumada
Você e eu na mata que derrama sua benção sobre nós.
Gustavo Nascimento
Ontem apaixonei-me por ti.
Ontem transformei cada carícia tua em uma letra.
Ontem, com tantas letras fiz o mais belo poema de amor.
Ontem amanheceu…
E todas as letras se perderam,
Assim como eu
E tu,
De mim.
Tuas cores antes vivas, desbotaram como o outono.
Teu cheiro antes doce, amarrotou ao sabor do pó inevitável do tempo.
Tua luz apenas vive em minha memória, pois a muito se apagou de ti.
Mas ainda trago o teu imenso sentido.
Aquele que me aconchegava protegida e menina em minha cama,
Ou que me guardava dos monstros do armário.
Levava minhas lágrimas em tua textura e pelúcia
E meus sonhos em teu amargo e lento envelhecer.
Meu ursinho tinha um nome,
Inocência
O HOMEM QUE EU AMO
O Homem que eu amo é predicado sutil.
Tem de ter cara de homem e jeito de menino.
Tem de ter fala mansa, que acalme,pra poder descansar o desejo que me provoca.
Pode acordar de olhos inchados, sim e me beijar a boca sem aviso
mesmo sem ter escovado os dentes, mesmo que eu faça muxoxo.
Levantar de pronto em dias de trabalho,mas se for domingo,
deve saber rolar e enrolar entre lençóis comigo.
Tem de ter músculos exatos, nem muito, nem pouco; o bastante pra me prender nos braços em noites de lua cheia.
Tem de ter sabedoria, histórias pra contar, daquelas que prendem os olhos.
Mas se não tiver, que aceite vivê-las comigo.
Tem de ter cheiro gostoso, próprio, além do perfume.
Algo que lembre mato, mata, vento e homem.
Tem de ter risada gostosa e saber rir de mim,
de minhas loucuras, da minha risada.
Tem de ser sério.
Falar o que pensa com jeito, mesmo que lhe custe aborrecimentos,
pois o caráter de um homem é muito de seus músculos.
E apesar de tanta força, ter mão leve, de lamber com dedos,
de apertar com carinho, de arrepiar pelos e nuca, de me arrancar gemidos exatos.
Tem de gostar de surpreender, mandar flores, não apenas rosas.
Falar loucuras em horas impróprias.
Calar minha boca com beijos impróprios.
Mudar os planos, cometer enganos, pedir desculpas,
gostar de chuva e de pipoca, ou chocolate, leite condensado,
champagne e morangos…
Tem de saber ouvir: rusgas e “eu te amo”.
Gostar de carinho e de cafuné.
Saber chegar de mansinho, sem avisar, beijando a nuca e abraçando a cintura.
Em outras horas me buscar com peito e jeito até machucar.
O homem que eu amo, tem de trazer em si, tudo
e comigo deixar esse tudo pra se preencher do “nosso” tudo.
O homem que eu amo é simples e complexo.
Um lorde de dia, um louco à noite.
Um príncipe pelas ruas, um bandido na cama.
Um herói por vezes, um comum na maioria delas.
Um amigo nas duras horas, um amante pra toda vida.
E principalmente… não mais que de repente…
se saber infinitamente…
idolatrado por essa mulher.
Maria Lucas
Gostei muito da frase:
‘O Homem que eu amo é predicado sutil.’
pérola meiga.
linda como uma pérola
meiga como uma flor
todo céu te darei
só pra você meu amor
a felicidade mora ao lado
mas porém tão distante
quem ama colhe amor
bem pra lá do horizonte
tu és bela na alma
teu coração resplandece
teus dedos são como pétalas
harmoniando a noite que não amanhece.
Invento, crio e
tento,
por infindaveis momentos
a minha palavra
invento .
Descubro, recrio, persigo, porque sou homem das palavras ditas.
Quem sabe talvez as palvras mais cortantes .
Mas com certeza a pior lamina dilacerante e o silencio.
Duro silencio ouvido, gestando incertezas
me add no msn LAX_EDITOR@HOTMAIL.COM pra todos
Mãos brancas
Rio
Desce tuas doces águas turvas ladeira abaixo
Que de tanto perder, virou ácido
Lava essa alma que se fez plúmbea
Pela omissão
Pelo medo
Deixa o branco da paz se aconchegar
Serenamente
No colo daqueles que te pariram
Em quartos de janelas panorâmicas
Ouro e latões coexistindo
Separados pela maior das muralhas
A da indiferença humana
A da exclusão social
Perversa
Palpável
fecunda
Tudo visto dessa janela
Rio….sorrio…só Rio!
Permita
O negro da pele luzir pelo suor digno
Do trabalho
O róseo das faces de tuas crianças
Que desenha sonhos em papel de embrulho
De cocas e craks
Que pirilampa em céus de balas perdidas
E vezes, achadas por corações inocentes
Abatidas!
Aviõezinhos de carne e osso
Reféns da usura
Do medo
Da covardia
Que possam suas mãozinhas inocentes
Colherem um futuro de amores-perfeitos
Permita que desse céu, o anil
Não seja esquecido
Nas sombras do metálico fuzil
Ah, Rio, tu és o coração pulsante
Desse meu Brasil!
E por fim
Permita que
O oliva dessa bandeira
De um país de desordem e progresso
Tremule a esperanças
Que está, e sempre estará
Nas tuas crianças!
Piá Montenegro
SE
Se um anjo não encontrar
Não fique triste…
Se de dia?
Olhe uma rosa…
Vermelha!
Se de noite?
Olhe a lua…
A estrela mais perto!
Lá estou eu…
Enviando-lhe luz…
Carinho, amor!
Se chovendo?
Estou chorando por você!
oi gente,queria participar e saber o que acham de minhas poesias,então aqui esta:
não consigo olhar para trás
e ver que era tudo mentira
que nada era o que eu pensava
que em todo momento me enganava
não acredito que tudo era apenas sonhos
que sentimentos eram ilusão
que eu era apenas diversão
que nunca esteve em seu coração
em minha vida tudo mudou
sei que você nunca me amou
simplesmente diremos adeus
ao menos isso acabou
me arrependo de te conhecer
e nessa terra podre ter colocado meus sentimentos
estou sentindo meu sangue gelar
escorrendo por meus dedos…há felicidade
não escuto mais meu coração
enfim posso descansar
ps:Piá Montenegro,sua poesia é fascinante,muito bom mesmo,se quiser conversar avisa 🙂
sentir você do Gustavo também é boa,to no lugar certo:) (to lendo de baixo pra cima –‘)
Gustavo ,agora sou seu fã,rs,espero que tu sejas meu também 😀
Gustavo bem que podia fazer um livro né gente?
Eu aprendi que minha felicidade depende tão somente de mim
Aprendi que não devemos depositar total confiança em alguém que julgamos ser certos
Aprendi que a vida não é um mar de rosas, mais pode ter seus momentos de alegria
Aprendi que apesar de nada ser eterno, o tempo que durar é suficiente para guardar em nossos corações as mais doces lembranças
Com o tempo pude ver que posso ser feliz sem você
Que a dor que sentimos ao fim de um relacionamento, no momento parece interminável, mais com o tempo verá que é passageiro, que essa pessoa que julgávamos ser tão importante, nada significa nas nossas vidas, afinal nascemos sem ela, vivemos sem ela…
Notei que o verdadeiro amor supera o tempo e a distância
Supera a dor e vence as barreiras…
Se acabar é por que não era verdadeiro…
Pude ver que cada desilusão nos impulsiona para frente.
Mostrando-nos que aquilo não foi o fim, tão somente uma oportunidade de recomeçar e poder fazer tudo diferente.
Aprendendo com nossos erros somos capazes de seguir adiante adquirindo experiência e sabedoria
Basta acreditar que essa dor irá passar, ser duro consigo mesmo, então você poderá ver que era passageiro, e que serviu de lição cada segundo vivido, pois nossas vidas também são compostas por passado, afinal é através dele que adquirimos experiência, e vamos aprendendo o caminho que devemos seguir e onde podemos pisar.
Autor(A): Ana Carla Oliveira
Adoraria participar.
Fazer estalar
O ar.
Quem me dera ter compreendido
O que os sons do silencio disseram
Quando sussurravam ao ouvido
Sombras doces que palavras eram
Quem me dera ver no céu vindouro,
Raios doces com que os deuses selam
alianças rompidas – de ouro –
Que em sombras já se desfizeram
Quem me dera ter a esperança
Quem me dera – ó céus – que me deram
as passadas sombras de minha lembrança,
que de mim agora tanto esperam?”